Coronavírus

Pfizer diz que tem solução para logística e pressiona Brasil sobre acordo para a vacina do coronavírus

Divulgação/ Pfizer
Bnews - Divulgação Divulgação/ Pfizer

Publicado em 02/12/2020, às 22h52   Redação BNews


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Com uma proposta para resolver a logística de distribuição, executivos da Pfizer estão tentando fechar o acordo com o governo federal para a venda de lotes de sua vacina contra o coronavírus. Contudo, restam apenas alguns dias para o Brasil responder.

“O tempo é curto, de alguns dias, ou talvez uma semana”, destacou o diretor da área de vacinas da Pfizer Brasil, Alejandro Lizarraga, em entrevista ao Globo nesta quarta-feira (2). 

Lizarraga explicou que a disponibilidade do material depende de quando será fechado o acordo com o Governo Bolsonaro, pois, segundo o executivo, o número de doses para todos os países tem reduzido muito diante do interesse de todos os países pelo imunizante.

O diferencial da Pfizer é o prazo que conseguiria entregar as doses da vacina, que no Reino Unido já será aplicado na semana que vem. “Para o Brasil, a gente pode considerar algumas semanas, podendo chegar a um mês ou mais, até dois meses, mas sem precisar exatamente quanto tempo”, citou a diretora médica da Pfizer Brasil, Márjori Dulcine.

Mesmo que sejam dois meses, este é um prazo mais curto que o previsto pelo plano de imunização do governo, que acredita que a vacinação contra o coronavírus só começaria em março no país.

A Pfizer enviou na semana passada documentação dando início ao processo de registro, que em princípio iria ser de até 60 dias (três ciclos de avaliação de 20 dias) para ser efetivado. No entanto, por causa das novas regras da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que a partir de hoje aceita pedidos de registro em caráter emergencial, é possível que esse prazo seja reduzido.

“Já começamos a estudar de forma detalhada o que foi divulgado hoje pela Anvisa sobre autorização de uso emergencial. Se avaliarmos que preenchemos os critérios necessários, temos interesse sim em seguir com essa submissão”, acrescentou Márjori.

O Ministério da Saúde estaria reticente em fechar negócio com a Pfizer porque a vacina contra a Covid-19 da empresa necessita de armazenamento a menos de -75°C para preservação por longos períodos. Ainda assim, Lizarraga adianta que a logística com a utilização de uma caixa especial de refrigeração por gelo seco, criada pela própria companhia, pode resolver a distribuição no SUS.

Países com condições de desenvolvimento semelhantes às do Brasil, como Chile, Peru, Equador, Panamá, México e Costa Rica, já teriam fechado o acordo com a Pfizer e não haveria problema colocar em prática aqui soluções similares às combinadas com essas outras nações.

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