Coronavírus

"Situação está se tornando cada vez mais difícil", avalia Vilas-Boas sobre negociação do governo brasileiro com a Pfizer

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Vilas-Boas citou a nota emitida pelo governo Bolsonaro no perfil oficial nas redes sociais, que admite o contato com a Pfizer meses atrás e diz que as doses oferecidas eram insuficientes para a população brasileira  |   Bnews - Divulgação Dinaldo Silva/BNews

Publicado em 24/01/2021, às 12h04   Márcia Guimarães e Luiz Felipe Fernandez


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O secretário de Saúde do Estado, Fábio Vilas-Boas, reconheceu que a negociação do Governo Federal com a Pfizer pelas doses do imunizante contra a Covid-19 está "cada vez mais difícil" e não vê no horizonte chances de uma reviravolta.

Vilas-Boas citou a nota emitida pelo governo Bolsonaro no perfil oficial nas redes sociais, que admite o contato com a Pfizer meses atrás e diz que as doses oferecidas eram insuficientes para a população brasileira.

Até o momento, o Brasil conta somente com 6 milhões de doses da CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan, de São Paulo, em parceria com a chinesa SinoVac, e com 2 milhões de doses da vacina de Oxford/AstraZeneca, previstas para serem distribuídas ainda este mês.

"A situação está se tornando cada vez mais difícil, o Governo Federal emitiu uma nota dizendo todas as dificuldades que estão enfrentando na relação direta com a Pfizer. É uma grande incógnita como vai caminhar este processo por parte do governo brasileiro", resumiu o titular da Sesab ao BNews, em coletiva nesta segunda-feira (23) durante recebimento das doses da vacina de Oxford.

SPUTNIK V

Em relação à vacina russa, Sputnik V, que teve o pedido de regularização enviado à Anvisa pelo Governo da Bahia, o secretário explica que o prazo dado pelo ministro Ricardo Lewandowski de 72h se encerrou neste sábado (23). gora, é preciso aguardar a manifestação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).

Lewandowski precisará avaliar o pedido para que a agência regulatória da Rússia seja incluída na lista dos outros cinco órgãos autorizados pela Medida Provisória N° 1.026 a servirem como base para a Anvisa, que aceleraria a importação das vacinas para o Brasil.

A requisição feita pelo Governo da Bahia pede que a Anvisa reconheça as agências reguladoras nos países cuja vacina já está sendo aplicada. Outra medida que também daria celeridade ao processo, explica o secretário, é dispensar a obrigatoriedade dos testes do imunizante em solo brasileiro.

"Não estamos pedindo que a vacina seja aplicada no povo brasileiro sem avaliação da Anvisa, estamos pedindo que algumas barreiras sejam removidas", disse o secretário.

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