Coronavírus
Publicado em 07/04/2021, às 14h19 Redação BNews
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a minimizar a pandemia e tecer críticas as medidas restritivas de enfrentamento ao coronavírus, nesta quarta-feira (7), durante uma visita a Chapecó, no Oeste de Santa Catarina. A declaração foi feita um dia depois do Brasil registrar 4,2 mil mortes nas últimas 24h.
"Vamos buscar alternativas, não vamos aceitar a política do fique em casa, feche tudo, lockdown. O vírus não vai embora. Esse vírus, como outros vieram para ficar, e vão ficar a vida toda. É praticamente impossível erradicá-lo", disse Bolsonaro no evento que aconteceu no Centro de Eventos da cidade.
Além disso, o presidente disse que não vai mobilizar o Exército Brasileiro para manter as pessoas dentro de casa. Vale lembrar que as ações para restringir a circulação de pessoas são defendidas por autoridades sanitárias como meios de enfrentamento à pandemia.
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O “tratamento precoce” contra a Covid-19 também foi defendido novamente pelo presidente durante o evento. Contudo, essa alternativa, que utiliza medicamentos sem eficácia comprovada contra a doença, não é recomendada pela Associação Médica Brasileira. Além disso, a associação ressaltou que deveria ser banida.
"Não podemos admitir impor limites ao médico. Se o médico que receitar aquele medicamento, que não receite. Se outro cidadão qualquer acha que aquele medicamento não está errado, não está certo porque não tem comprovação científica que não use, é liberdade dele. O off-label, fora da bula, é o remédio 'pro' paciente. Hoje, tem aparecido medicamentos ainda não estão comprovados, que estão sendo testados e o médico tem essa liberdade. Tem que ter. É um crime querer tolher a liberdade de um profissional de saúde", disse o presidente.
Na ocasião, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, também discursou e aproveitou a oportunidade para relacionar a autonomia dos médicos com a recuperação dos pacientes e elogiou o sistema aplicado em Chapecó.
"O presidente me deu autonomia para, no Ministério, construir uma equipe técnica com o objetivo de implementar políticas públicas e, conforme a Constituição Federal, é um direito de todos e um dever do Estado. Essas políticas públicas têm que atender a todos, independente de orientação política, e elas têm que chegar a cada um dos 220 milhões de habitantes", explicou o ministro.
Além disso, Bolsonaro também falou sobre a campanha de vacinação contra o coronavírus. "Hoje o Brasil já tem acertado mais de 500 milhões de doses de vacinas e nas mais de 37 mil salas de vacinação espalhadas em todo o Brasil nós já vacinamos todos os dias 1 milhão de brasileiros", afirmou.
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