Coronavírus

Em audiência na Câmara, Solla pede que Ministério da Saúde tome frente para autorizar Sputnik V

Luis Macedo/Câmara dos Deputados
Compra da vacina foi negada pela Anvisa, que alegou falta de documentos exigidos  |   Bnews - Divulgação Luis Macedo/Câmara dos Deputados

Publicado em 27/04/2021, às 21h33   Redação Bnews



Um dia após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) barrar a importação da vacina russa Sputnik V contra a Covid-19, o deputado federal Jorge Solla (PT-BA) defendeu nesta terça-feira (27) que o Ministério da Saúde tome a frente da decisão de autorizar o uso do imunizante na população brasileira.

“Considerando que não há relatos de efeitos colaterais com a Sputnik V; que há referências da eficácia dessa vacina onde foi aplicada; considerando que estamos com uma epidemia completamente descontrolada no país, com 3 mil mortos por dia, vamos botar na balança e pesar: qual é o risco real da utilização da Sputnik V nas condições que estamos vivendo hoje? E o risco real de, ao atrasarmos mais a cobertura vacinal, aumentarmos em milhares o número de mortos em nosso país? [...] Me parece que os benefícios são infinitamente maiores que os riscos”, pontuou Solla, em audiência pública na Câmara dos Deputados que debateu impasses para a aquisição das doses russas por parte dos governadores do Nordeste e da União.

Ao negar a compra da Sputnik V, a Anvisa alegou ausência de documentos exigidos para aprovação de uma vacina no país. Na audiência, o governador do Piauí e presidente do Consórcio Nordeste, Wellington Dias (PT), contou que se reuniu com autoridades russas nesta manhã e os representantes se comprometeram a enviar à agência reguladora brasileira os dados restantes. 

“Eles se colocaram à disposição de enviar outros documentos. Há vários estudos demonstrando não só baixos efeitos colaterais, demonstrando segurança, e também elevado índice de eficácia, que aponta condições de imunização coletiva”, defendeu o governador. Ele destacou ainda que o Consórcio Nordeste possui contrato para a compra de 37,5 milhões de doses da Sputnik V.

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