Coronavírus

Senador do DEM insinua mais uma vez uso de cloroquina pela Sesab; secretaria nega

Jefferson Rudy/ Agência Senado
Pasta já destacou que apenas medidas científicas são adotadas  |   Bnews - Divulgação Jefferson Rudy/ Agência Senado

Publicado em 25/05/2021, às 13h45   Redação BNews


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O senador governista Marcos Rogério (DEM-RO) voltou a desinformar sobre as recomendações da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) na pandemia de coronavírus. Titular da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, vigente no Senado Federal, o senador tem se destacado na defesa da gestão do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O demista voltou a insinuar que a pasta utilizaria de medidas do tratamento precoce com medicamentos ineficazes contra covid-19, como cloroquina e ivermectina, ao questionar a secretária nacional do Ministério da Saúde Mayra Pinheiro. Ao trazer uma série de páginas, Rogério afirmou que a Bahia utilizaria protocolos de incentivos aos medicamentos. 

Na última quinta-feira (20), Marcos Rogério já havia trazido um vídeo descontextualizado em que o secretário Fábio Vilas-Boas, titular da Sesab, falava sobre o Estado ter adquirido o medicamento hidroxicloroquina para uso hospitalar em pacientes internados com covid-19. 

"Botei isso para escancarar falta de bom senso e vergonha dos que tentam criminalizar o presidente quando os próprios governadores fizeram isso, de forma acertada", defendeu o senador. O titular da Sesab, Fábio Vilas-Boas, explicou que sua fala se deu um contexto no qual questões sobre a eficácia do medicamento ainda era alvo de discussões mundiais

"Soube que um Senador do Norte levou à CPI um vídeo meu, do início da pandemia, onde informo que adquirimos hidroxicloroquina para uso hospitalar em pacientes internados com Covid-19. Todos sabem que naquela época não havia evidências da ineficácia desses medicamentos. Mesmo assim, prudentemente, liberamos para uso HOSPITALAR, sob responsabilidade do diretor médico. Poucos meses depois, à luz das evidências acumuladas, emitimos uma recomendação contrária ao uso em qualquer circunstância e proibimos o uso no âmbito das unidades assistenciais de saúde do governo do estado", afirmou o titular da Sesab. 

Em nota divulgada no site da Sesab em 22 de julho do ano, a secretaria divulgou uma nota afirmando que não recomenvava a utilização da "cloroquina/hidroxicloroquina" no tratamento da covid-19. Na mesma nota, Vilas-Boas destacou que o Comitê Estadual de Emergência em Saúde Pública recomenda aos gestores públicos que não estabeleçam protocolos com uso dessas medicações e que não gastem recursos públicos com uso desses medicamentos que não tem eficácia comprovada. 

"Os gestores poderão ser objeto de uma ação de órgão de controle por estarem destinando recursos de outras áreas que poderão fazer falta no combate ao coronavírus", alertou o secretário na época.

A sessão foi suspensa após a participação do senador demista por um prazo de 30 minutos.


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