CPI do MST: Rosemberg Pinto abre o jogo sobre assinatura de Adolfo Menezes e provoca bolsonarista da ALBA

O deputado estadual, Rosemberg Pinto (PT), líder do governo na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) abriu o jogo sobre a assinatura do presidente da Casa, Adolfo Menezes (PSD), em um requerimento do tambem deputado Leandro de Jesus (PL) para a instalação de uma CPI para investigar as invasões do Movimento dos Sem Terra (MST) em diferentes regiões do estado.

O assunto vem dominando os bastidores da Casa, nos últimos dias. Ademais, chama a atenção o fato de o requerimento ter 31 assinaturas físicas, dez a mais do que o necessário para que o pedido de instauração da comissão siga adiante - isso porque 11 dos signatários fazem parte do bloco governista da ALBA, entre eles o próprio Adolfo Menezes.

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"Não foi nenhuma surpresa [a assinatura de Adolfo Menezes no requerimento]. Obviamente, o deputado Adolfo é um democrata, é uma pessoa que (...) a um pedido de um deputado, ele sempre diz que ele é democrata demais sobre questão de ordem (...) eu acredito que tá na mesma linha do que ele falou hoje no plenário. Não tem nenhuma surpresa, mas eu espero que a própria Casa reconheça que não há um fato determinante para a construção da CPI aqui na Casa Legislativa sobre o MST", afirmou.

Em conversa com os jornalistas, o petista fez uma provocação ao próprio Leandro de Jesus, autor do pedido para a instalação da CPI do MST na ALBA. "Eu nunca pedi a nenhum deputado para assinar ou para não assinar. Não cumpre o meu papel essa tarefa. Meu papel é de conscientizar os parlamentares daquilo que, na minha opinião, pode ou não pode ser feito. A CPI ela não tem um fato determinado (...) não tem motivação e eu espero que a Assembleia Legislativa, com seu quadro jurídico apresente essa posição para a Mesa Diretora da Casa. Se ela também não entender dessa maneira, eu não vejo nenhum problema. O que eu não posso permitir é o deputado Leandro Jesus chamar a as pessoas que compõem o Movimento dos Sem Terra de criminosos. Ele não tem a coragem de dizer isso a eles aqui na porta da Assembléia", provocou Rosemberg.