CPMI dos Atos Golpistas: saiba tudo sobre o depoimento de Mauro Cid

O tão esperado depoimento do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), Mauro Cid, atraiu os holofotes para a sessão da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro, que apura as circunstâncias dos atos golpistas.

Iniciada às 9h desta terça-feira (11), a sessão contou com a presença de integrantes da comissão e diversos outros parlamentares que decidiram acompanhar o andamento da reunião.

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Logo no início do debate, Mauro Cid declarou que não iria desse pronunciar, uma vez que se encontra na condição de “formalmente investigado”. "O conteúdo das justificativas de convocação não deixa nenhuma dúvida sobre sua condição de investigado", escreveram os advogados de Mauro Cid, segundo informações do Uol.

“Por todo o exposto e sem qualquer intenção de desrespeitar vossas excelências e os trabalhos conduzidos por essa CPMI, considerando a minha inequinta condição de investigado, por orientação da minha defesa e com base na ordem no habeas corpus 229323, concedido em meu favor pelo STF, farei uso ao meu direito constitucional ao silêncio"

O direito ao silêncio foi concedido a Mauro Cid pelo Supremo Tribunal Federal (STF), assim também como a assistência do advogado de defesa durante todo o depoimento.

Mauro Cid pode ficar em silêncio em relação a perguntas que possam incriminá-lo, mas é obrigado a dizer a verdade quanto aos demais questionamentos.

Contra o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro pesam as acusações de ligação direta com os atos golpistas, sobretudo após a descoberta de mensagens e documentos que ligam o militar aos atos. Além de mensagens encontradas no aparelho celular dele, nas quais haviam uma minuta para um hipotético golpe de Estado.

Cid também trocou mensagens e áudios de teor golpista com outros militares e também é investigado por pagar despesas da ex-primeira dama Michelle Bolsonaro em dinheiro vivo e por tentar resgatar de forma ilegal as jóias sauditas para a família Bolsonaro.