Política

Defesa de Moro acusa PT de "pegar carona" com partido de Bolsonaro em ação

José Cruz/Agência Brasil
Os partidos alegam que o ex-juiz cometeu irregularidades na eleição do ano passado  |   Bnews - Divulgação José Cruz/Agência Brasil
Daniel Serrano

por Daniel Serrano

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Publicado em 26/03/2023, às 16h30


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A defesa do senador Sergio Moro (UB-PR) acusa o PT de pegar “carona” na ação apresentada pelo PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, que pede a cassação do mandato do parlamentar. As informações são de Bela Megale, em sua coluna no jornal O Globo.

De acordo com a publicação, o advogado de Moro, Gustavo Guedes, enviou ao Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), na última sexta-feira (24), um pedido para que a ação seja julgada improcedente. O jurista ainda solicitou que o deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR) seja ouvido como testemunha. A Justiça Eleitoral do Paraná decidiu unir as ações do PT e PL contra Moro no mesmo processo.

O PT acusa Moro de violar as normas de financiamento de campanha e prática de abuso de poder econômico. O PL usou os mesmos argumentos, mas foram descartados pela Justiça eleitoral.

“Já aqui, nesta ação, com o máximo respeito, os olhos seguem turvados. Se a visão pretendida não é única, certo de que o PT acabou por pegar carona em AIJE do PL (ah essa política... quem diria!), uma vez mais a escolha pelo conselheiro não se revelou adequada. É que como a sorte do acessório segue a do principal, conforme já sustentado na ação paradigma, ela não revela condições processuais de seguir, tanto mais de produzir qualquer efeito em seu mérito, diante da inocorrência de ilegalidades”, diz trecho do documento enviado pelo advogado Gustavo Guedes.

O advogado de Moro pede ainda que sejam negados os pedidos de quebra dos sigilos fiscal e bancário do senador e de outros envolvidos no processo, como seu suplente no Senado, Felipe Cunha. Para Guedes, a medida seria “absolutamente ilegal, por não possuir fundamento idôneo”.

“Os pedidos formulados de quebra de sigilos são genéricos. Ausente a delimitação temporal dos dados e documentos atingidos, bem como a discriminação específica de quais documentos e dados serão objeto das diligências desta Justiça Especializada, não se revela possível o deferimento das medidas pretendidas”, alega o advogado.

Classificação Indicativa: Livre

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