Política

Deputados baianos criticam Acelen por não seguir política da Petrobras e descartar redução nos preços dos combustíveis

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Refinaria de Mataripe, gerida pela Acelen, segue própria política de preços desde 2021  |   Bnews - Divulgação Divulgação/Câmara dos Deputados

Publicado em 17/05/2023, às 07h41 - Atualizado às 12h55   Letícia Rastelly e Filipe Ribeiro


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Com a repercussão da decisão da Refinaria de Mataripe (antiga Landulpho Alves) por não seguir as políticas da Petrobras, que promoveu medidas para reduzir os preços de combustível, deputados baianos se posicionaram contra a Acelen, empresa que gere a refinaria, e criticaram a privatização da mesma. Vale lembrar que a Refinaria de Mataripe não segue a própria política de preços desde novembro de 2021.

O deputado federal Zé Neto (PT) pediu que a Acelen reveja o posicionamento e comece a conversar com a Petrobras para um melhor acordo. 

"A gente está vendo como foi prejudicial essa privatização desastrosa. Agora o grupo Mabudala quer retirar o investimento em pouco tempo, mas uma parte da Bahia é abastecida pela Petrobras, então a Acelen terá que rever o posicionamento. [...] Espero que a Acelen consiga se adequar e dialogar com a Petrobras. Espero mesmo que essa situação de hoje aponte para uma situação de diálogo, para não ficar dissonante do resto do país", disse Zé Neto.

O também deputado estadual Daniel Almeida (PCdoB) cobrou medidas para inibir a prática de oferta dos combustíveis por parte de uma única empresa.

"As pessoas não têm alternativa para adquirir o produto quando só tem uma refinaria que oferta esses produtos derivados do petróleo, no caso específico da Bahia e do Nordeste, portanto inaceitável. Deve ser analisado esse fato, medidas devem ser adotadas para inibir esse tipo de prática e isso justificar modificações na legislação que estabelece o processo de privatização que a Petrobras passou até recentemente", pontuou.

Já a deputada federal Rogéria Santos (Republicanos) disse que o caso envolvendo a Acelen trata-se de “uma questão muito complexa” pelo fato de a empresa privada seguir a Política de Paridade de Importação. 

“Como a Acelen segue uma Política de Paridade de Importação (PPI), é provável que não haja baixa nos preços praticados tão cedo, inclusive ano passado já tivemos o combustível mais caro do país”, disse a parlamentar”, afirmou a parlamentar. 

Apesar disso, Rogéria defendeu que “os baianos não podem continuar pagando essa conta” e que “cabe ao governo do Estado propor redução das cargas tributárias, de forma equilibrada, fazendo com que o preço possa se equiparar aos demais estados”.

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