Política

Direto de Brasília: Erika Hilton revela porque não acionou Conselho de Ética contra Pastor Isidório; veja

Beatriz Araújo / BNews
Erika Hilton disse ainda esperar que Isidório responda “criminalmente pelo seu crime”  |   Bnews - Divulgação Beatriz Araújo / BNews

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A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) revelou em entrevista ao BNews nesta quarta-feira (1º) o motivo de não ter acionado o Conselho de Ética da Câmara contra o parlamentar Pastor Sargento Isidório (Avante-BA) após ele proferir falas transfóbicas contra a psolista durante a Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família.

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Nós acionamos a Procuradoria-Geral da República e não acionamos o Conselho de Ética porque eu acho que o Conselho de Ética nos desmoraliza. O Conselho de Ética banaliza as violências praticadas dentro desta Casa e acaba dando uma sensação de legitimidade até mesmo a ela e uma proteção a esses parlamentares”, afirmou a deputada.

Erika Hilton disse ainda esperar que Isidório responda “criminalmente pelo seu crime e que essas respostas sirvam de exemplo a outros parlamentares de que nenhum tipo de preconceito, discriminação, ódio ou violência será tolerada”.

As divergências ideológicas são super bem-vindas, as discordâncias são super bem-vindas, mas isso dentro do respeito e do espírito republicano”, frisou.

Violências recorrentes

Segundo a parlamentar, recorrentemente ela se depara com “algum tipo de agressão, violência de transfobia ou de violência de gênero de outras naturezas” dentro da Câmara dos Deputados.

Ela pontua que “faz parte do parlamento, que ainda se comporta como sendo um lugar extremamente masculino, cissexista, sexista, e que reproduz violência contra as mulheres, contra as mulheres negras, e agora, com a chegada das primeiras mulheres transexuais e travestis, não seria diferente”.

Erika aproveitou para reforçar: “Essa é uma prática criminosa, nefasta, que precisa ser combatida, e que não diz respeito somente a mim, mas diz respeito sobre o exercício da vida das mulheres na política”.

Nós chegamos pra dizer que nenhum tipo de violência, de desrespeito ou de crime deve ser tolerado. O Supremo Tribunal Federal já reconheceu que a LGBTfobia é crime, equiparou ao crime de racismo e os parlamentares precisam ser maduros, precisam conhecer o seu papel e a sua função parlamentar que não é vir aqui e deferir violências contra nós mulheres parlamentares”.

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