Direto de Brasília

Crescer 2% não significa retomada, diz Daniel Almeida

Publicado em 17/05/2017, às 13h07   Redação BNews


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O deputado federal Daniel Almeida (PCdoB) minimizou, na manhã desta quarta-feira (17), o anúncio do governo federal de que o Brasil deixou o pior da recessão econômica para trás. O Planalto também ressaltou que o dólar fechou em queda pelo sexto dia consecutivo. “Depois de quase três anos de recessão, em algum momento essa recessão deixaria de descer e começara a ter algum nível de recuperação. Se o Brasil crescer 2%, ainda não significa retomada porque o buraco é muito grande”, avaliou em entrevista ao BNews.

Ainda segundo o parlamentar, as reformas trabalhista e da Previdência contribuíram para piorar o cenário econômico. “Todas as previsões macroeconômicas indicavam que no segundo semestre de 2016, a economia tinha condições de se recuperar. Ela só não fez essa trajetória por conta das medidas que foram adotadas. As medidas adotadas no âmbito da política e da economia, somadas à desconfiança geral da Lava Jato, é que mantiveram a recessão mais prolongada. Longe de animar a economia, inibe, porque o poder de compra da população é menor. Salários menores, direitos menores, tudo isso inibe a retomada da economia”, prosseguiu.

O comunista disse ainda que o governo tenta transformar as emendas parlamentares, inclusive as da bancada baiana no Congresso, em “moedas de troca” para obter apoio à reforma da Previdência. “Estamos vivenciando o menor índice de aplicação de emendas que a bancada sugere ao orçamento da União, seja a emenda de bancada para o Estado, sejam as emendas individuais. E há uma certa manipulação, as emendas são impositivas e eles estão tentando transformar isso em moeda de troca para ter apoio na reforma da Previdência”, completou.

Com informações do editor de Política do BNews, Luiz Fernando Lima, direto de Brasília

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