Direto de Brasília

‘PDT apoiou Rui quando não acreditavam nele’, diz Félix Jr. após especulações de expulsão da base; assista

Victor Pinto/Bnews
Bnews - Divulgação Victor Pinto/Bnews

Publicado em 06/05/2021, às 22h23   Henrique Brinco, Lara Curcino e Victor Pinto*


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Após especulações de que o governador da Bahia, Rui Costa (PT), fosse retirar de sua base o PDT, o deputado federal Félix Mendonça Jr. (PDT), presidente da sigla no Estado, afirmou nesta quinta-feira (6), em entrevista ao BNews, que não tem confirmação da notícia e não vai se guiar por informações que não vieram do próprio petista. 

“Essa decisão cabe ao governador. Eu ouvi anúncios em diversos sites de que ele anunciaria a saída do PDT, ouvi até a palavra expulsão. Só que ele não anunciou nada, então não vou me guiar por informações que não são de Rui. Não conversei com ele nos últimos três meses, então não sei. Mas, de qualquer forma, é opção dele. O dever do nosso partido é oferecer bons nomes, com bons trabalhos, e é isso que fazemos. Um exemplo é o secretário de Agricultura Lucas Costa [especulado para deixar o cargo]”, comentou ele. 

A saída do PDT a mando de Rui ocorre em meio a uma provável rusga pelo partido ter apoiado e entrado como vice, com Ana Paula Matos, na chapa de Bruno Reis (DEM), nas eleições municipais de 2020 em Salvador. 

Apesar de dizer que o governador está em seu direito caso decida romper com o PDT, Félix Jr. afirmou que o partido apoiou Rui “quando muitos ainda nem acreditavam no seu nome”.

“Costumo dizer que nós estamos no governo que apoiamos em 2018. E as tratativas foram em 2018, com o apoio ao governador Rui Costa. Fomos, aliás, o primeiro partido a apoiar Rui na primeira eleição - quando muitos ainda nem acreditavam no seu nome e diziam 'ah, ele não tem chance nenhuma'. Nós o apoiamos e a relação partiu de lá. Então, 2018 é 2018. Em 2020, com a conversa do presidente nacional do DEM, ACM Neto, com o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, e até com Ciro Gomes, o partido decidiu apoiar Bruno Reis. E foi uma boa aliança, apoiamos Bruno Reis e indicamos a vice, Ana Paula Matos. Deu certo, ganhou a eleição. Isso tem a ver com 2022? Não. 2020 é 2020. Para 2022, estamos conversando. O ideal é que a gente tivesse candidato a governador”, disse.


Gravação: Victor Pinto/BNews


MARQUETEIRO - Sobre a contratação do publicitário baiano João Santana, ex-marqueteiro do PT, para tocar a campanha de Ciro Gomes, já de olho nas eleições presidenciais de 2022, o deputado diz ter “certeza que esse casamento será muito bom” para que as pessoas conheçam “o verdadeiro Ciro”. 

“Ciro é muito capaz, é muito preparado e muito patriota. Então, a gente considera no PDT que ele é uma joia preciosa. E João Santana vem para polir, mostrar o que ele tem de melhor. Ele é um pouco de pavio curto, às vezes não tolera um desaforo. Então, ele tem que melhorar algumas coisas de relacionamento e, principalmente, expor de Ciro o que ele tem de bom. E isso não é difícil. João Santana, como um cara genial que ele é, tenho certeza que esse casamento será muito bom para Ciro Gomes. Será muito bom para a população poder conhecer o verdadeiro Ciro. A intenção do PDT em contratar João Santana é conhecer o verdadeiro Ciro”, analisou.

O parlamentar também comentou a declaração de ACM Neto, do último dia 9, de que o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM) poderia ser vice de Ciro na chapa presidencial do próximo ano. 

“Tem muita gente aí falando conjecturas de o Mandetta ser um vice de Ciro. O importante é que Ciro está em voga, está na moda, e que essa composições vão ter trabalhos de vários partidos. Várias pessoas vão querer, tanto Ciro como vice, e outros tantos irão querer ser vice de Ciro. O fato é que Ciro é candidato a presidente, vai ser candidato a presidente”, afirmou. 

*O editor de política do BNews viajou para Brasília para a cobertura especial da CPI da Covid

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