Política

Documento que anuncia estado de sítio é encontrado pela PF; saiba onde

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PF encontrou o texto sem assinatura em local investigado na Operação Tempus Veritatis  |   Bnews - Divulgação Divulgação / PF
Tácio Caldas

por Tácio Caldas

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Publicado em 09/02/2024, às 06h50


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A Polícia Federal (PF) encontrou um documento  suspeito que seria utilizado para anunciar um estado de sítio no Brasil. O documento duvidoso não possuia assinatura e justamente por isso, a autoria do documento é desconhecida. Apesar disso, o texto foi localizado pela polícia durante a execução da Operação Tempus Veritatis. Essa ação da PF mira uma suposta organização criminosa que tentou dar um golpe de Estado para manter Bolsonaro (PL) na Presidência da República.

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O que continha no texto?

O texto presente no documento era bem parecido com um discurso. No teor dizia 'assegurar a necessária restauração do Estado Democrático de Direito'. O documento, trazia também uma mensagem que o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro costumava dizer em seus discursos: 'jogando de forma incondicional dentro das quatro linhas'. O material estava na sede do Partido Liberal (PL), legenda de Bolsonaro, em Brasília.

No mesmo documento, havia uma informações de execução de uma operação de Garantia de Lei e da Ordem (GLO). Esse tipo de operação é usado pelas Forças Armadas para restaurar a normalidade no país de forma excepcional e com tempo determinado.

O que diz a defesa de Bolsonaro?

O advogado Paulo Cunha Bueno, que representa o ex-presidente da República, informou que Bolsonaro não sabia da existência desse documento. O jurista ainda detalhou os passos pelos quais é preciso passar antes de decretar um estado de sítio.

"[O] PR desconhece esse documento sobre estado de sítio, merecendo observar que o estado de sítio, para ser decretado, demanda a convocação e aprovação prévia do Conselho da República e do Conselho de Segurança. Depois disso, precisa ser aprovado no Congresso. Portanto, não existe estado de sítio como ato unilateral de um presidente, o que o torna incompatível com um golpe de Estado nos moldes como está sendo narrado hoje", disse Cunha Bueno.

Um pouco mais tarde, os representantes declaram uma 'indignação' e 'inconformismo' com tudo o que estava acontecendo. Isso tudo estava atrelado com as medidas cautelares que foram aplicadas pela Polícia Federal na manhã da última quinta-feira (8). As colocações foram trazidas por meio de nota.

Na ocasião, eles fizeram uma classificação da apreensão do passaporte de Bolsonaro. De acordo com eles, essa medida foi "absolutamente desnecessária" e que o ex-presidente teria compactuado 'com qualquer movimento que visasse a desconstrução do Estado Democrático de Direito ou as instituições que o pavimentam'. As informações são do G1 e do UOL.

Assista à Transmissão do Carnaval de Salvador dessa sexta-feira (9):

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