Política

Dois meses após ser alvo da PF, deputado Binho Galinha continua distante da ALBA

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Deputado estadual é acusado de chefiar grupo criminoso  |   Bnews - Divulgação Reprodução/ALBA
Cíntia Kelly

por Cíntia Kelly

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Publicado em 07/02/2024, às 20h34


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Há exatos dois meses, agentes daPolícia Federal cumpriram mandados de busca e apreensão nos imóveis do deputado estadual Kleber Cristian Escolano de Almeida, mais conhecido como Binho Galinha (PRD, abrigo Patriota), em Feira de Santana, reduto eleitoral do político.

Acusado de chefiar um grupo criminoso ligado a milícia, de lá pra cá, o deputado ‘mergulhou’. Não mais foi visto na Assembleia Legislativa da Bahia, se ausentando de votações importantes. Na quinta passada (1°), ele não compareceu a solenidade de abertura dos trabalhos legislativos, após recesso.

Segundo a PF, havia participação de policiais militares no grupo. Todos foram denunciados pelo Ministério Público por lavagem de dinheiro, agiotagem, receptação qualificada e jogo do bicho.

Essa não foi a primeira vez que Binho Galinha teve o nome relacionado com a criminalidade. Em 2011, ele foi preso acusado de integrar uma quadrilha responsável por roubos de automóveis e caminhões. Na ocasião, o deputado foi detido portando uma pistola. Ficou preso por três dias. Apesar disso, a inscrição de sua candidatura na Justiça Eleitoral foi aceita.

Nas eleições de 2022, ele apoiou a candidatura do presidente Lula (PT) e do governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT). Embora tenha disputado cargo eletivo pela primeira vez, Binho Galinha obteve 49,8 mil votos - quase todos em Feira de Santana.

De acordo com o site da AL-BA, Binho Galinha é vice-líder do Bloco Parlamentar MDB/PSB/Patriota/PSC/Avante. Apesar da ‘função’, o parlamentar tem um mandato pífio. Apresentou três projetos de Lei.

Operação El Patron

No dia 7 de dezembro do ano passado, a PF cumpriu dez mandados de prisão preventiva e 35 de busca e apreensão. Seis pessoas foram presas, incluído esposa e filho do deputado e policiais militares, acusados de serem o braço armado da organização.

A Justiça determinou o bloqueio de R$ 700 milhões das contas bancárias dos investigados e o sequestro de dez fazendas, nove casas, dois apartamentos, terrenos e uma sala comercial. Atividades econômicas de seis empresas foram suspensas. Tambémfoi pedido o pagamento de multas que ultrapassam os R$ 30 milhões por danos morais coletivos.

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