Economia & Mercado

Bolsa para por meia hora após cair 10%;Tesouro cancela venda de título

Publicado em 18/05/2017, às 10h51   Redação BNews


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Os investidores no mercado acionário brasileiro estão se preparando para um dia de bastante nervosismo com a suspeita de que o presidente Michel Temer (PMDB) avalizou o pagamento de propina ao ex-deputado Eduardo Cunha para que o parlamentar não envolvesse o governo e seus aliados em denúncias de corrupção.
Cunha está preso desde outubro de 2016 em meio às investigações da Operação Lava-Jato. Reportagem do jornal “O Globo” na noite de quarta-feira (17) mostrou que Joesley Batista, um dos donos do frigorífico JBS, gravou uma conversa com Temer na qual o presidente concorda com o pagamento de uma mesada a Cunha na cadeia. O medo dos investidores é de que o novo capítulo da crise política brasileira atrase ou mesmo impeça a aprovação de reformas estruturais que são vistas como fundamentais para a recuperação da economia da recessão e o crescimento sustentável do país no futuro.
De acordo com o jornal Valor Econômico, o medo dos investidores é de que o novo capítulo da crise política brasileira atrase ou mesmo impeça a aprovação de reformas estruturais que são vistas como fundamentais para a recuperação da economia da recessão e o crescimento sustentável do país no futuro. As empresas brasileiras sofreram violentas quedas no exterior durante a noite. Dessa maneira, analistas já esperam que o mecanismo de limite de perdas do Índice Bovespa - também conhecido como “circuit breaker” - seja acionado no pregão desta quinta-feira. 
Nos Estados Unidos, a cota do iShares MSCI Brazil Capped ETF, que é o maior fundo de índice do Brasil negociado no mercado externo, chegou a cair 14%. O American Depositary Receipt (ADR) da Petrobras há pouco despencava 16,91%, para US$ 8,95, no pré-mercado em Nova York.
As proteções do sistema da bolsa local entram em vigor se e quando o Ibovespa cair 10% em relação ao fechamento do dia anterior. No caso de hoje, tal limite está nos 60.786 pontos. Aí, todas as negociações são automaticamente interrompidas por 30 minutos.
Caso, após a reabertura, o índice recue 15% ante o fechamento do dia anterior - para 57.409 pontos no caso desta quinta-feira - , o pregão é suspenso por mais uma hora. Com uma queda de 20% depois da segunda reabertura - o que seria aos 54.032 pontos hoje -, os negócios são paralisados por um tempo a ser determinado e anunciado pelo diretor do pregão da Bovespa.
A última vez que o limite de quedas foi acionado na bolsa brasileira foi em outubro de 2008, no auge da turbulência global que começou com a crise das hipotecas nos EUA.
Além da própria JBS, as empresas estatais - Petrobras, Eletrobras e Banco do Brasil - devem figurar entre as maiores baixas na Bovespa nesta quinta-feira, na avaliação de Spyer.

Classificação Indicativa: Livre

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