Economia & Mercado

Guedes diz que tem confiança de Bolsonaro e que não deixa vai deixar o cargo por "medo"

José Cruz/Agência Brasil
Em entrevista a um youtuber, o ministro enalteceu a sua boa comunicação não apenas com o Palácio do Planalto mas também com a "centro-direita"  |   Bnews - Divulgação José Cruz/Agência Brasil

Publicado em 02/03/2021, às 11h26   Redação BNews


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Constantemente colocado em cheque até por apoiadores do governo Bolsonaro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que tem a confiança do presidente da República para permanecer no cargo.

Segundo Guedes, no dia que Jair Bolsonaro não acreditar mais em seu "trabalho" será a hora da sua demissão, mas que nunca deixará a pasta por "ofensa" ou "medo".

"Tenho noção de compromisso enquanto puder ser útil e gozar da confiança do presidente. Se o presidente não confiar em meu trabalho, sou demissível em 30 segundos. Se eu estiver conseguindo ajudar o Brasil, fazendo as coisas que acredito, devo continuar. Ofensa não me tira daqui, nem o medo, o combate, o vento, a chuva", afirmou Guedes, em entrevista ao youtuber Thiago Nigro, do canal Primo Rico, publicada nesta terça-feira (2).

De acordo com informações da CNN Brasil, o ministro enalteceu a sua boa comunicação não apenas com o Palácio do Planalto mas também com a "centro-direita".

"O que me tira daqui é a perda da confiança do presidente e ir pro caminho errado. Se tiver que empurrar o Brasil para o caminho errado, prefiro sair. Isso não aconteceu, tenho recebido apoio do presidente e do Congresso para ir na direção certa", acrescentou.

AUXÍLIO EMERGENCIAL

Durante a entrevista, o ministro explicou que o auxílio-emergencial agora será pago em parcelas de R$ 250,00 - valor mais próximo do pretendido pelo Governo Federal em 2020, mas que subiu para R$ 600 por ação do Congresso.

Para tramitar no Congresso, no entanto, é preciso que seja aprovada antes a PEC Emergencial, para garantir que não seja ultrapassado o teto de gastos, um dos maiores temores de Guedes.

A PEC Emergencial apresenta contrapartidas para equilibrar as contas da União com o pagamento do benefício aos milhões de brasileiros.

"Acho que o Congresso vai aprovar. Queremos ir para a estrada certa e tenho confiança que o Congresso vem junto [...] Tentar empurrar o custo para outras gerações, juros começam a subir, acaba o crescimento econômico, endividamento em bola de neve, confiança de investidores desaparece. É o caminho da miséria, da Venezuela, da Argentina", resumiu.

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