Economia & Mercado

"Fura-teto": Mercado estima que rombo para ajudar Bolsonaro pode chegar a R$ 100 bi

Marcelo Camargo/Agência Brasil
Bnews - Divulgação Marcelo Camargo/Agência Brasil

Publicado em 21/10/2021, às 18h04   Redação BNews


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Especialistas em contas públicas e instituições financeiras estimam que o rombo na regra do teto de gastos para aumentar a popularidade do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pode chegar a R$ 100 bilhões. A informação é do blog da Ana Flor, do portal G1.

Na quarta-feira (20), o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o governo avalia uma “licença” para furar o teto. A fala foi interpretada como uma rendição da equipe econômica aos desejos da ala política do governo e aceitou romper o teto de gastos — principal regra fiscal do país.

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De acordo com a publicação, a área econômica, excluída do debate conduzido pelo Planalto com o relator da PEC dos Precatórios, Hugo Motta (Republicanos-PB), já admitia nesta quarta (20) que, a partir da mudança no cálculo do reajuste do teto, o rombo no teto de gastos em 2022 passará de R$ 40 bilhões. Ainda há um montante que pode variar entre R$ 30 e 40 bilhões, que seria o espaço aberto no pagamento de precatórios. Com isso, se estima uma despesa para além do teto de gastos de pelo menos R$ 70 bilhões.

Outro indicativo sobre furar o teto de gastos é o valor do Auxílio Brasil. Falava-se inicialmente em R$ 300 a 17 milhões de famílias, que seria custeado com mudanças no imposto de renda e na regra de precatórios. Nesta semana, o valor já saltou para R$ 400, e os sinais vindos da Praça dos Três Poderes é de que nem governo, nem Congresso irão insistir em votar a mudança no Imposto de Renda.

Bolsonaro ainda afirmou nesta quinta-feira (21) que irá ajudar caminhoneiros afetados pela alta do diesel e o Congresso deve aprovar um vale-gás nos próximos dias, que deve custar pelo menos R$ 6 bilhões.

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