Educação
Publicado em 18/05/2021, às 12h13 Márcia Guimarães
A falta de investimentos do governo federal nas universidades públicas tem prejudicado o desenvolvimento de pesquisas científicas e até mesmo a conservação básica dessas instituições de ensino. Falta dinheiro para a compra de materiais e para pagar terceirizados, como é o caso de seguranças, profissionais da limpeza e de diversos outros setores que estão há anos sem concurso público.
Na Universidade Federal da Bahia (UFBA), a situação só não é pior porque o ensino online, mantido durante a pandemia, é um pouco menos custoso que o presencial. O Doutor em História e professor da instituição, Carlos Zacarias, conta que o trabalho não parou, pois as pesquisas e as bancas continuam acontecendo, além dos artigos que docentes e alunos seguem publicando. “Se não fosse o ensino online, estaríamos inviabilizados. Estamos funcionando aos trancos e barrancos”, garantiu Zacarias, nesta terça-feira (18), em entrevista ao Jornal da Bahia no Ar, na Rádio Metrópole.
Ele lembra que, até 2014, o Brasil passou por um processo bastante intenso de investimento público nas universidades. Contudo, a situação mudou completamente em 2018, com a aprovação da chamada “PEC do fim do mundo”, que congelou os gastos públicos e inviabilizou investimentos na Saúde e na Educação.
“Isso causou um estrangulamento financeiro das universidades. A situação piorou ainda mais com o desapreço do Governo Bolsonaro, que faz um desinvestimento proposital por causa do seu interesse ideológico. 95% das pesquisas científicas estão sendo feitas nas universidades públicas. O país se desenvolve através das pesquisas [...] A população precisa defender as universidades públicas, pois são o seu patrimônio, são o patrimônio do povo brasileiro”, alerta Zacarias.
Classificação Indicativa: Livre
iPhone barato
Fones top de linha
Limpeza fácil
Oportunidade
Últimas horas