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Carlos Muniz também deve ser afastado do comando do PTB em Salvador

Imagem Carlos Muniz também deve ser afastado do comando do PTB em Salvador
Em entrevista ao BNews nesta quinta, ele pediu desculpas ao candidato Bruno Reis  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 18/09/2020, às 20h56   Henrique Brinco


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O presidente do PTB em Salvador, Carlos Muniz, também deve ser afastado do comando do partido. A decisão se dá no âmbito da dissolução do diretório estadual do PTB na Bahia, determinada por Roberto Jefferson nesta sexta-feira (18). O partido irá apoiar a candidatura de Cezar Leite (PRTB).

Procurado pela reportagem, Muniz não atendeu as ligações. Em entrevista ao BNews nesta quinta, ele pediu desculpas ao candidato Bruno Reis (DEM). "Tenho que obedecer o diretório nacional. Bruno vai me desculpar, mas infelizmente a gente vai ficar sem coligar com ele", declarou.

O rompimento entre DEM e PTB foi determinado pelo presidente nacional, Roberto Jefferson.  Ele publicou uma resolução anulando a aliança em Salvador um dia após o fim do prazo das convenções partidárias. A justificativa se deu com base na orientação dada em julho de proibir coligações com o DEM, PSDB, PT e outros partidos de esquerda.

Muniz reafirmou ainda que a decisão foi tomada exclusivamente pela Executiva Nacional. "Queria muito apoiar Bruno, porque é um compromisso que a gente vinha fazendo a tempo, lamentou.

Entenda a polêmica

A nova decisão é mais um capítulo da guerra iniciada por Jefferson contra o grupo do prefeito ACM Neto (DEM). O ex-deputado vinha tecendo críticas contra o baiano. Um áudio atribuído ao parlamentar, que vazou nas redes sociais, registrou uma determinação dele para que a aliança na capital fosse anulada.

"Quero anular Salvador, na Bahia. Não quero mais nada com esse Neto e essa turma de DEM, de Netinho, presidente do DEM. Acabou esse troço", declarou o ex-parlamentar, que é aliado do presidente Jair Bolsonaro, na gravação.

Em resposta nesta sexta-feira (18), Neto subiu o tom contra Jefferson e fez alusão aos processos que o petebista respondeu na Justiça. "Recebi as palavras do presidente nacional do PTB eu a recebo como elogios. Vindo dele eu recebo como elogio e reconhecimento da minha integridade. Tenho minha vida pública sem máculas. Exerço funções públicas há mais de 20 anos.  Não tenho que responder absolutamente nada na Justiça e sempre volto pra casa com minha consciência tranquila. Infelizmente não posso dizer o mesmo sobre ele. A minha régua é diferente da dele", vociferou o democrata.

Leia também:"Não quero mais nada com esse Neto": Roberto Jefferson manda anular convenção que selou apoio do PTB a Bruno Reis

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