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Em Salvador, Dirceu lança livro sobre vida no cárcere, se irrita com pergunta e diz que obra é tributo a companheiros

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Ex-ministro da Casa Civil no governo Lula esteve na capital baiana nesta terça (11) para divulgar autobiografia  |   Bnews - Divulgação Vagner Souza/BNews

Publicado em 11/09/2018, às 22h15   Henrique Brinco e Alexandre Santos


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O ex-ministro José Dirceu afirmou nesta terça-feira (11), em evento de lançamento de sua autobiografia, em Salvador, ter escrito a obra como um tributo aos companheiros que lutaram contra a ditadura militar. 

"Esse livro eu escrevi na prisão. Fiz como exercício de recordação e tributo aos companheiros que lutaram contra a ditadura. É um livro sem grandes pretensões. Escrevi em condições bastante adversas. Não tinha mesa, cadeira, a luz da cela não era adequada", contou ele, em entrevista a jornalistas no Centro Cultural de Câmara de Vereadores da capital.

Para o segundo volume, Dirceu adiantou que o livro abordará episódios ocorridos entre os anos de 2007 e 2015, recorte que inclui a saga em torno da cassação de seu mandato de deputado federal, em 2006.

Ao ser indagado por um repórter se sentia culpa por algo que tivesse feito no passado, o ex-ministro respondeu de forma ríspida. 

"Se você está me perguntando, parte do pressuposto que eu sou culpado. Para me arrepender, eu tenho que ser culpado. Essa questão precisa ser esclarecida. Se não, não tenho direito de defesa", reagiu.

"Eu sou inocente. Com relação à questão do mensalão, não me arrependo de nada. No petrolão, também não. Se fosse pra me arrepender, diria que não seria consultor. Mas eu estava sendo perseguido no país [...]  Tinha que sobreviver de alguma maneira. Tenho muitos arrependimentos como ministro, como cidadão, como pai...", acrescentou Dirceu. 

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