Dirceu diz que Brasil "não concorda" com ideias de Bolsonaro: "É só olhar a rejeição"

O ex-ministro José Dirceu (PT) disse ao BNews que o atentado contra o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) não deve ter maiores desdobramentos na campanha. "Acredito que a influência na campanha se desdobrou e já se encerrou", declarou o petista, que desembarcou em Salvador para lançar uma autobiografia.

"Uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa. Uma coisa é você tripudiar em cima do que aconteceu, que é inaceitável. Outra coisa é você deixar de criticá-lo por causa disso. No meu entendimento, uma coisa não tem nada a ver com a outra", explicou.

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O braço direito do ex-presidente Lula afirmou que a maior parte do Brasil não concorda com o pensamento do deputado federal. "Ele é um candidato que tem ideias e propostas que nós não concordamos em hipótese alguma. Aliás, a maioria do país não concorda. É só olhar a rejeição dele".

Na última pesquisa Ibope, divulgada na terça-feira (11), Bolsonaro lidera entre aqueles nos quais os eleitores afirmam que não votariam de jeito nenhum, com 41%. A pesquisa foi feita entre os dias 8 e 10 de setembro.

Na autobiografia, Dirceu conta detalhes sobre o treinamento comunista que recebeu em Cuba. Apesar de ter participado da luta armada no passado, o petista afirma ser contra a flexibilização do porte de armas no Brasil.

"Sou contra. Até porque no Brasil não se tira porte de armas, hoje. É a coisa mais difícil que tem. O problema das armas é a fronteira. É outro problema", explicou ao ser indagado pelo BNews sobre o assunto. "Todos os países continentais têm guarda de fronteira", completa.

A obra “Zé Dirceu – Memórias Volume 1” foi editada pela Geração Editorial e está chegando nas livrarias e redações nos próximos dias.