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'Eleitor foi induzido a erro porque o demônio do país virou o PT', diz Haddad na TV

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Candidato petista foi sabatinado no JN desta sexta (14)  |   Bnews - Divulgação Reprodução/TV Globo

Publicado em 14/09/2018, às 22h36   Folhapress


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Candidato do PT ao Planalto, Fernando Haddad disse nesta sexta-feira (14) que perdeu a reeleição à Prefeitura de São Paulo, em 2016, porque o eleitor "foi induzido a erro". Para ele, a crise daquele ano fez com que seu partido virasse "o demônio do país".

Haddad foi o primeiro candidato à reeleição que perde no primeiro turno desde que o confronto direto foi instituído na eleição.

Em entrvista ao Jornal Nacional, da Rede Globo, o candidato refutou o selo de candidato "poste", indicado pelo ex-presidente Lula, e disse que foi escolhido pelo padrinho, para disputar a prefeitura paulistana em 2012 porque foi "o melhor ministro da Educação".

Haddad disse ainda que os presidente Lula e Dilma Rousseff, que nomearam ministros que, muitas vezes, votaram contra petistas no STF (Supremo Tribunal Federal), nunca fizeram as nomeações pensando em como os juízes se posicionariam.

O candidato fez ainda críticas à prática de delação premiada e evitou fazer uma autocrítica sobre a participação de integrantes de seu partido nos escândalos do mensalão e do petrolão.

Oficializado candidato do PT à Presidência somente nesta terça-feira (11), Haddad tenta concluir a transmutação de sua imagem à do ex-presidente Lula e herdar o espólio do padrinho político que, antes de ser barrado pela Justiça Eleitoral, tinha cerca de 40% nas pesquisas.

No mais recente Datafolha, divulgado nesta sexta, Haddad chegou a 13% e está empatado numericamente em segundo lugar com Ciro Gomes (PDT). Lidera a corrida, segundo o levantamento, Jair Bolsonaro (PSL), com 26% das intenções de voto.

Horas antes da entrevista, aliados afirmavam que Haddad havia se preparado para responder às perguntas da bancada sem rechaçar o mercado, mas precisava manter o foco no eleitor de Lula, mais às esquerda, passando uma mensagem clara de que é seu representante nas eleições de outubro.

Haddad disse ainda que seu partido nunca partidarizou o Judiciário –com ministros nomeados pelos governos petistas–, mas que isso não significa que os magistrados não possam errar.

"Nunca partidarizamos o Judiciário e isso não significa que o Judiciário possa errar", declarou.
Haddad disse que os presidente Lula e Dilma Rousseff, que nomearam ministros que, muitas vezes, votaram contra petistas no STF (Supremo Tribunal Federal), nunca fizeram as nomeações pensando em como os juízes se posicionariam.

O candidato fez ainda críticas à prática de delação premiada e evitou fazer uma autocrítica sobre a participação de integrantes de seu partido nos escândalos do mensalão e do petrolão.

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