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Após esfaqueamento, grupo de apoio a Bolsonaro perde adesão na internet

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Para identificar esse movimento, a FGV DAPP fez a análise dos quatro principais grupos de debate sobre os presidenciáveis no Twitter  |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 15/09/2018, às 21h28   Redação BNews


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O ataque a Jair Bolsonaro no último dia 6 de setembro representou intensa mudança nos engajamentos e posições dos perfis que discutiam sobre os presidenciáveis no Twitter. Diversas contas que discutiam na semana anterior sobre a corrida presidencial deixaram o debate, assim como outras que não participavam, até então, passaram a interagir sobre o tema nas redes por conta do que ocorreu com Bolsonaro.

Para identificar esse movimento, a FGV DAPP fez a análise dos quatro principais grupos de debate sobre os presidenciáveis no Twitter em dois períodos diferentes: a semana imediatamente anterior ao ataque (28 de agosto a 04 de setembro) e as 48 horas entre as 09h de sábado (08) e as 09h de segunda (10).

No total, 410 mil perfis deixaram o debate político de um período ao outro (de 821,6 mil contas presentes nos quatro maiores núcleos do grafo antes do ataque); e houve a entrada de 188 mil novas contas após o ataque, que se juntaram às discussões dos principais polos de alinhamento na rede.

Tal "troca de guarda" foi verificada principalmente no grupo majoritário, formado por opositores a Bolsonaro e que respondeu por mais da metade dos perfis do debate entre sábado e segunda: de 410 mil contas (excluídos os robôs) que, antes de quinta, participaram da discussão sobre os candidatos neste grupo, 278 mil (68%) não repercutiram, a partir de sábado, o episódio com o candidato do PSL. Com a mudança na pauta, deixaram a discussão.

Da mesma forma, outros 128 mil perfis dentre os que antes do ocorrido com Bolsonaro não discutiram o cenário político nacional, passaram a integrar a discussão do polo contrário ao deputado federal. Representam metade dos 250 mil perfis identificados entre sábado e segunda no grupo rosa, que repercute menos os detalhes específicos do esfaqueamento e já adota discussão de contorno mais temático, com críticas à escalada de violência política no país, mas que mantêm a posição contrária a Bolsonaro adotada anteriormente.

Classificação Indicativa: Livre

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