Eleições
Publicado em 15/09/2018, às 21h35 Victor Pinto
O ressentimento ainda impera no PSB e seus líderes desde a protelação do nome de Lídice da Mata (PSB) na corrida por uma das duas vagas baianas do Senado. O fato tem gerado mal-estar na base governista, principalmente aqueles empenhados em prol do grupo para promover a eleição do presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, Angelo Coronel (PSD), o ungido de Otto Alencar (PSD), escolhido de Rui Costa (PT) e parceiro de Jaques Wagner (PT) na eleição para senador na chapa majoritária.
De acordo com o apurado, setores do PP e do PSD já mandaram o recado ao governador e a Wagner: se o PSB não entrar no eixo da lógica do grupo e abraçar a majoritária como os demais partidos tem feito, a temporada de traições estará aberta.
A irritação surge desde o início da novela quando o PSB só anunciou apoio a Wagner, ato de ratificação do veto ao nome de Coronel.
Um dos desafetos de Coronel, cujo descontentamento não é escondido, foi entusiasta da continuidade de Lídice no Senado e, conforme os bastidores, alimentador da contenda, Marcelo Nilo (PSB), reverbera que seu apoio é somente para Wagner.
Nas suas bases não há pedido de voto a Coronel por parte dos integrantes do nilismo. O próprio, antes brigado com Jutahy Magalhães Júnior (PSDB), adversário principal de Coronel junto a Irmão Lázaro (PSC) – companheiro de chapa do tucano –, fez as pazes com o tucano ainda na pré-campanha.
Domingos Leonelli, também magoado, trabalha por fora contra Coronel. Apoiará a candidatura de Fábio Nogueira do PSOL, tanto que ao BNews nesta sexta-feira (14) sinalizou a fusão das duas siglas no futuro.
Algo pontual, sistematizou no ninho socialista. O presidente do PSB de Salvador e demais integrantes locais, inclusive, declararam apoio ao candidato Celsinho Cotrim (PRTB).
Nomes como a da própria Lídice, de Wilson Cardoso (ex-prefeito de Andaraí) e Elmo Vaz (prefeito de Irecê) são os dos mais comentados nos bastidores e nos cafezinhos de que não mais tentam esconder uma predileção, mesmo que um pouco enrustida, por Jutahy por pura e mera vingança.
Sobre o cenário, profetizou um general de quatro estrelas do PP baiano: “Se o Governador não der um freio nisso, o tom da campanha caminhará para a autofagia política. Salve-se quem puder”.
O conjunto partidário espera mais unidade dos socialistas na chapa por um todo, visto que o PSB está nas coligações proporcionais para federal e para estadual e serão beneficiados como todos na lógica do trabalho em grupo.
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