Eleições

ACM Neto critica Paulo Guedes sobre CPMF e defende que “o caminho é taxar os mais ricos”

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“Eles não sabem o que estão dizendo, não têm um plano de governo", alertou o prefeito  |   Bnews - Divulgação Adenilson Nunes/BNews

Publicado em 20/09/2018, às 12h52   Guilherme Reis


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O presidente nacional do Democratas e prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), criticou a proposta do assessor econômico do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) de recriar a CPMF. Para o democrata, a medida causaria ainda mais empobrecimento.

“Ontem, o chefe econômico dele disse que vai recriar a CPMF e que vai unificar a alíquota do imposto de renda. E quem vai pagar o preço disso? A classe média baixa e os mais pobres”, disse Neto, afirmando que “agora a gente sabe que o caminho é taxar os mais ricos”, proposta já defendida por candidatos como Guilherme Boulos (PSOL) e Manuela D’Ávila (PCdoB), que chegou se lançar na disputa pelo Palácio do Planalto e hoje é a candidata a vice de Fernando Haddad (PT). 

“Eles não sabem o que estão dizendo, não têm um plano de governo. É impressionante, não sabemos o que vão fazer pelo país na educação, na saúde, na geração de emprego, na infraestrutura... A eleição não pode ser resolvida na base da comoção da facada ou da comoção da prisão”, prosseguiu, em entrevista coletiva durante o lançamento do projeto de concessão de microcrédito para empreendedores intitulado “Negócio Pop”. 

Apesar da polarização que se desenha entre Bolsonaro e Haddad, Neto afirmou que não trabalha com a hipótese de Geraldo Alckmin (PSDB) não estar no segundo turno. O democrata, que é coordenador da campanha tucana, aposta em duas estratégias para alavancar a candidatura do ex-governador de São Paulo:

“Vamos reforçar os atributos de Alckmin, mostrando que ele hoje é o único candidato preparado e que reúne condições para presidir o Brasil. O Brasil não pode ficar refém dos extremos, da extrema direita e da extrema esquerda. Precisamos de uma conciliação e de alguém que entenda os problemas do país. Sem revanchismos ou riscos institucionais ou democráticos”, pontuou.

“O segundo ponto é que faltando tão pouco tempo para as eleições precisamos mostrar o risco de uma volta do PT ao poder. E o risco de dar um salto no escuro. Bolsonaro, em 30 anos de vida pública, nunca foi capaz de apresentar um projeto impactante como deputado. Não tem experiência de gestão”, criticou. 

Em seu discurso durante o evento, o prefeito de Salvador também alfinetou Bolsonaro por conta de suas declarações sobre a diferença salarial entre homens e mulheres. “É um absurdo que tenhamos chegado em 2018 e ainda tem político dizendo que a mulher tem que ganhar menos que o homem. Tem que ganhar é mais”, bradou.

Na última pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira (20), Bolsonaro aparece com 28% das intenções de votos e Haddad, com 16%. Alckmin tem 9%.

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