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Debate TVE: candidatos fazem confronto “morno”, mas destacam ambiente respeitoso

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Principal alvo de críticas, Rui Costa reclamou da postura dos adversários   |   Bnews - Divulgação Adenilson Nunes / BNews

Publicado em 21/09/2018, às 00h09   Eliezer Santos e Victor Pinto


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Os seis candidatos que disputam o governo da Bahia voltaram a se enfrentar nesta quinta-feira (20) no debate promovido pela TVE. Apesar do ambiente morno e de poucas novidades, os postulantes destacaram a relação respeitosa nos confrontos diretos.

Alvo das principais críticas, o governador e candidato à reeleição foi a exceção ao reclamar da postura dos adversários.

"Minha expectativa sempre é que os candidatos possam apresentar suas propostas. Infelizmente a maioria passa a maior parte do tempo fazendo ataques. Também apresenta às vezes quem tem. Foi o que nós fizemos".  

Zé Ronaldo (DEM), por sua vez, revelou que já está ansioso pelo próximo confronto. "Teremos outros nas outras emissoras. Estou ansioso para chegar esses dias".

João Santana (MDB) comentou a relação respeitosa, mas recriminou a postura de Rui Costa.
“É um debate civilizado porque ninguém brigou com ninguém, trocou tapa, mas a verdade é a seguinte: é quae uma ficção científica, o governador diz coisas que ele nunca fez na vida, é uma brincadeira. Mas a gente tem que ouvir civilizadamente. A oportunidade foi boa, eu quero ver até onde ele vai resistir a tudo isso, porque do ponto de vista do servidor ele é o pior governador da história da Bahia. Do ponto de vista do emprego, é o grande desempregador de todos os tempos. Do ponto de vista da economia, não mexeu em nada da economia em quatro anos. E ainda fica projetando que vai fazer, que fazer, que vai fazer...”.

Para João Henrique (PRTB), o formato elaborado pela TVE pode ser replicado em outras ocasiões. 
“Gostei, debate onde não houve agressões nem morais, nem pessoais, não houve nenhum pedido de direito de resposta. Acho que os candidatos estão se educando para nova política que o eleitor e cidadão brasileiro está querendo, que a crítica política fique só no campo político, não precisa entrar no campo pessoal. A TVE está de parabéns, fica o exemplo aí de um embrião a ser semeado pelas demais televisões”.

“Foi um debate extremamente morno. De alguma forma a gente deu algum tom e fez algumas denúncias importantes. O modelo do debate não foi ruim, não. Foi um modelo bom porque você teve diversidade de perguntas e a gente deu um tom legal para pelo menos as pessoas entenderem o que está acontecendo neste estado, inclusive na geração de emprego porque esse modelo tradicional, como as pessoas defendem de grandes empresas, dando incentivos, só deixa a população mais pobres. A gente tem o sétimo estado mais rico, mas a quinta população mais pobre. Foi bom falar isso”, avaliou Marcos Mendes (PSOL).

“Pra mim foi sucesso total. Afinal de contas, eu só tenho nove segundos de televisão, é muito pouco tempo para falar dos projetos. Então, exatamente nesses momentos onde tem uma população que sabe da importância da política. O partido Rede Sustentabilidade é novo, só tem três anos, é o único partido que não tem dono, que é ficha limpa e sem dúvida nenhuma eu estou acreditando cada dia chegando nos lares das pessoas”, pontou Célia Sacramento (Rede).

Ao final do debate, o jornalista Flávio Gonçalves, diretor geral Instituto de Radiodifusão Educativa da Bahia (Irdeb), analisou a contribuição da emissora no processo eleitoral.

“Acho que os telespectadores e ouvintes conseguiram, de fato, ouvir propostas. A partir de agora quem ainda não decidiu em quem votar quem sabe pode se decidir a partir do que foi apresentado pelos candidatos. Houve respeito por parte de todos os candidatos. Todos saíram daqui satisfeitos coma dinâmica do debate, com as perguntas que foram colocadas e com respeito que é fundamental”, sintetizou.

Classificação Indicativa: Livre

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