Eleições

‘Só acendi o fósforo no barril de pólvora’, diz baiana criadora de grupo contra Bolsonaro

Vagner Souza/BNews
Idealizadora da página ‘Mulheres Unidas Contra Bolsonaro’, que reúne mais 3,8 mi de seguidoras, Ludimilla Teixeira afirma que não sabe nem se vai votar  |   Bnews - Divulgação Vagner Souza/BNews

Publicado em 30/09/2018, às 21h30   Redação BNews


FacebookTwitterWhatsApp

Em entrevista ao jornal o Estado de S. Paulo, a moça que conseguiu reunir 3,8 milhões de mulheres contra a candidatura do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) diz que só acendeu "o fósforo para explodir o barril de pólvora da indignação coletiva feminina".

“Não digo que todos os políticos são corruptos, sei que existem pessoas sérias, mas quando estão em um partido ficam muito limitadas, precisam reforçar o ideal do partido”, declarou à publicação a baiana Ludimilla Teixeira, de 36 anos, que há um mês criou no Facebook o grupo Mulheres Unidas Contra Bolsonaro. 

“O que eu sei é em quem eu não vou votar”, completa Ludimilla, que é funcionária pública, moradora de Cajazeiras e se diz anarquista. 

As articulações para realização dos protestos do fim de semana se deram por meio da página. 

Ela conta que ideia de criar o grupo nasceu de uma conversa com uma amiga numa noite em que se questionavam sobre o que fazer para alertar a população sobre as ideias de Bolsonaro, que considera “fascistas e machistas”. Ludimilla se recusa a pronunciar o nome do candidato, a quem chama de “inominável”. 

“Às 6h25 da manhã acordei e criei a página, fui adicionando as minhas amigas sem avisar.” Nas primeiras 48 horas, já tinham 6 mil integrantes. “Acho que as mulheres estavam carentes de um espaço para debate. Vai além da candidatura, a luta é muito maior”, descreve.

A rápida e crescente adesão das integrantes fez com que a #Elenão —que surgiu de uma campanha organizada dentro do grupo para escolher a melhor forma de protestar— ganhasse notoriedade internacional. 

Na sexta (28), a cantora Madonna postou uma mensagem de apoio. “Eu chorei quando vi”, detalha Ludimilla. Atualmente, cerca 10 mil mulheres por minuto pedem para entrar no grupo, que não aceita homens. 

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp