Política

Ex-deputado aponta para irregularidades de Moro à frente do TRF-4

Marcello Casal Jr / Agência Brasil
Tony Garcia disse ainda que o ex-juiz transformou "Curitiba na Guantánamo brasileira"  |   Bnews - Divulgação Marcello Casal Jr / Agência Brasil
Daniel Serrano

por Daniel Serrano

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Publicado em 05/06/2023, às 13h19 - Atualizado às 13h19


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O ex-deputado estadual Tony Garcia disse ao programa Boa Noite 247, do site Brasil 247, que desembargadores do Tribunal Regional Federal da Quarta Região (TRF4) passaram a ser chantageados após participarem de uma “festa da cueca” com garotas de programa em Curitiba (PR).

"Teve até uma festa que chamaram de festa da cueca, feita com desembargadores em Curitiba, na suíte presidencial. Teve essa festa da cueca, tinha um monte de desembargador, mandaram prostitutas pro hotel", disse Garcia.

O ex-parlamentar revelou ainda que o ex-juiz Sergio Moro (UB) mandou que ele gravasse de forma ilegal o ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB) em 2018. Garcia afirmou que o hoje senador transformou "Curitiba na Guantánamo brasileira".

"Jamais tinha passado por uma coisa tão fora da lei. Queriam criminalizar a política. Falavam que políticos eram bandidos. Criminaliza políticos, tribunais superiores, jornalistas e advogados. Deltan, Carlos Fernando, Moro. O que eles botavam na minha boca... para buscar coisas contra o PT, para tirar o Lula da eleição", revelou.

"Fui instado a procurar coisas contra o PT através do Eduardo Cunha, que era meu amigo. Uma perseguição clara (contra o PT). Grande parte do estou falando, eu falei pra Gabriela Hardt. Eu denunciei, e nada acontece. Ela engavetou. O Brasil tem que passar isso a limpo. Eles (senadores) tinham de fazer uma CPI da Lava Jato", acrescentou.

Moro começou a ter derrotas na justiça depois que, em 2019, começaram a ser divulgados na imprensa trechos de conversas entre ele e procuradores do Ministério Público Federal (MPF-PR). Nas conversas, o ex-juiz aparece interferindo na elaboração de denúncias, que devem ser feitas apenas por promotores.

Em 2021, o Supremo Tribunal Federal (STF) declarou a suspeição de Moro nos processos contra o atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). No ano seguinte, o ex-juiz perdeu uma ação no Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) por fraude em domicílio eleitoral. Por isso, teve de ser candidatar ao Senado pelo estado do Paraná.

Já em maio deste ano, um de seus principais aliados na Lava Jato e no Congresso, Deltan Dallagnol, teve o seu mandatado de deputado federal cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O ex-procurador ainda foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a pagar uma indenização de R$ 75 mil a Lula por causa da apresentação do Power Point em 2016.

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