Política
O ex-deputado Tum vive há meses num inferno astral, com críticas, sobretudo, de seus ex-pares na Assembleia Legislativa da Bahia. Com a derrota nas urnas ao tentar se reeleger, Tum foi alçado ao posto de secretário estadual de Agricultura, na cota do Avante, seu partido.
De lá pra cá, o secretário coleciona críticas. A mais recente esta relacionada ao cancelamento da 33ª edição da Fenagro em 2023. Em nota, a pasta justifica o cancelamento por falta de tempo hábil para resolver questões burocráticas.
“Devido a questões administrativas, estruturais do Parque de Exposições e por falta de tempo hábil para superar entraves burocráticos que se apresentaram no decorrer de 2023, a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura da Bahia (Seagri) comunica que não realizará a 33ª edição da Feira Nacional da Agropecuária (Fenagro)”, diz a Seagri.
O cancelamento da feira foi um dos temas explorados durante sessão desta terça na Assembleia Legislativa da Bahia. O líder da oposição, Alan Sanches (União Brasil), acusa o governo de prejudicar o agro.
“Nós precisamos nos levantar contra isso. Não é possível que o governo do estado não é sensível a isso . Quando a gente fala em agro, está falando em tecnologia (…). Aqui só se fala em sucessão. O debate agora é ver quem vai [disputar] com Bruno Reis a eleição de 2024. O agro está sendo prejudicado por esse governo. Nesse momento deveríamos mostrar que somos deputados. Que temos legitimidade para defender o povo da Bahia", bradou o líder.
Marcinho Oliveira (União) lembrou que o agro representa 25% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil. Ele aproveitou para criticar a atuação de Tum. “Falta disponibilidade ou capacidade do secretário de agricultura da Bahia. Ele não se pronuncia sobre os acontecimentos no estado. Ele não se pronuncia sobre a crise do Sisal. Ele não foi a região saber dos produtores o que está acontecendo. Ele vai para audiência sem saber o que vai tratar com o ministro”, crítica.
Líder tenta defender governo
O líder governista, Rosemberg Pinto (PT), tentou defender o governo ao ressaltar que a Fenagro é evento privado.
“Estou estranhando o governo do estado decidir que não vai ter Fenagro, que é uma feira privada. Cabe ao governodizer que não vai entrar com patrocínio, mas não é o estado responsável por ter ou não a Fenagro”, defendeu.
Alan Sanches, no entanto, rebateu lendo a nota da Seagri.
Aliado, presidente da ALBA crítica decisão da Seagri
O presidente da ALBA, aliado do governo Jerônimo, endossou o discurso da oposição,
“É uma desculpa esfarrapada, porque se com 10 meses não houve tempo para organizar [a Fenagro] para mim é um absurdo. Se essa for a desculpa, para mim é um absurdo, porque 10 meses de governo e secretário não teve tempo então, talvez não tenha sido prioridade”, disse Adolfo.
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