Política
Publicado em 23/12/2022, às 09h31 Cadastrado por Vinícius Dias
Ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques se aposentou de maneira precoce após ser afastado do cargo na última terça-feira (20). A decisão foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) nesta sexta-feira (23).
Silvinei Vasques entrou na corporação aos 20 anos de idade, em 1995. A aposentadoria tão jovem foi permitida porque, no período, havia uma outra legislação em vigor. Com 27 anos de contribuição à Previdência, ele poderia se aposentar até 7 anos atrás. A lei antiga permite encerrar a carreira com 20 anos de atividade policial independentemente da idade.
Com as sucessivas mudanças feitas na Previdência dos servidores, a aposentadoria hoje só vem com uma idade mínima de 55 anos e 25 anos de atividade policial.
Vasques é investigado por três atos nos quais teria excedido as atribuições da PRF para oferecer um possível favorecimento ao presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições deste ano.
"Essa exoneração em nada altera o curso das investigações", diz Flávio Dino, futuro ministro da Justiça, sobre a saída de Silvinei Vasques do comando da PRF. pic.twitter.com/M9tAVHtyxm
— O Antagonista (@o_antagonista) December 20, 2022
Primeiro, ele fez uma postagem em seu perfil no Instagram declarando voto no presidente no dia anterior ao segundo turno, que foi apagada depois da repercussão do caso.
A postagem continha uma foto da bandeira do Brasil e o texto "vote 22. Bolsonaro presidente". A imagem viralizou nas redes sociais antes de ser excluída.
A segunda diz respeito a uma operação da PRF na manhã do segundo turno para averiguar situações de transporte ilegal de pessoas. Ela foi realizada mesmo com a proibição expressa de atuação da PRF no dia do pleito, decisão tomada pelo presidente do TSE, o ministro Alexandre de Moraes, no dia anterior ao segundo turno.
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