Política
Aos 94 anos, Almino Affonso, ministro do Trabalho e Previdência Social do governo João Goulart (1961-1964), segue acompanhando de perto a política brasileira.
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Em entrevista ao portal UOL, publicada neste domingo (31), Affonso lembra do período em que estava ao lado de Goulart quando o Golpe Militar dado em 1964, que deu início à Ditadura Militar (1964-1985), e faz um paralelo com os atos golpistas que aconteceram no dia 8 de janeiro de 2023, em Brasília.
Para Almino, a cúpula militar contou com o apoio de setores da sociedade civil e dos Estados Unidos para derrubar o governo eleito em 1964, o que não aconteceu com os atos antidemocráticos de 2023.
O ex-ministro também não poupou críticas a Jair Bolsonaro. Almino lembrou de uma entrevista à de São Paulo, em 2018, disse que seria exagero chamar o ex-presidente de golpista. No entanto, a opinião sobre Bolsonaro mudou.
"Ele era ninguém. Literalmente ninguém. Basta dizer que foi deputado num dos períodos em que eu estava na Câmara e nunca o vi lá. Quando fui entrevistado, disse apenas que não havia nenhum elemento para se dizer que ele fosse golpista", disse.
"Se alguém disser que Bolsonaro não tem nada a ver com o episódio todo, aquele quebra-quebra [em Brasília], é um imbecil", acrescentou Almino.
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