Política

Extrema direita e suas fies emissoras estão em queda livre

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O colunista Guilherme Ravache comenta sobre a crise da Jovem Pan e Fox News, emissoras de extrema direita  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Jovem Pan e Divulgação

Publicado em 06/03/2023, às 18h00   Redação Bnews


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Atualmente, canais abertamente de direita veem enfrentando problemas. Enquanto no Brasil, a Jovem Pan, apoiadora do ex- presidente Jair Bolsonaro (PL), assiste seus anunciantes, faturamento e audiências caírem, nos Estados Unidos, a considerada mãe dos canais de direita, a Fox News, também vem passando por uma crise.

Segundo o jornalista Guilherme Ravache, em sua coluna no Splash Uol, em solo brasileiro, o ministro Alexandre de Moraes com a campanha do Sleeping Giants Brasil conseguiu frear a Jovem Pan, que vinha se aproveitando da polarização política para crescer financeiramente, e nos EUA a situação não ficou boa a partir de um processo com relação fabricante de urnas eleitorais.

Durante suas transmissões, a Fox News gerou comentários e reportagens falsas afirmando que as máquinas de votação da Dominion Voting Systems poderiam ser fraudadas, a empresa processou a emissora por difamação, pedindo o valor de US $1,6 bilhão a título de reparação.

A Dominion pode até não vencer o processo, porém não tem mais nada que se possa fazer. Já que se tem documentos que mostram que os executivos e repórteres da Fox News sabiam que estavam mentindo.

Para Ravache, o motivo maior nesses casos da Jovem Pan e Fox News, as mentiras contadas no ar, tem mais a ver com ganância do que com ideologias em uma busca frenética por audiência. A emissora brasileira logo tratou de mudar suas estratégias quando multas começaram a chegar e Ruppert Murdoch, dono da Fox News, fez a emissora americana se afastar do ex- presidente do país Donald Trump, desde de sua derrota na corrida presidencial.

Além disso, as pessoas de direita radical não questionavam se essas emissoras eram veículos de propagandas. Por isso, conseguiram um público fiel e boa audiência reproduzindo conteúdos de extrema direita, assunto pouco explorado por outras mídias.

Para Guilherme Ravache, tanto a Jovem Pan, quanto a Fox News precisavam manter a informalidade, para não ficar na cara que não eram veículos de propaganda e sim de jornalismo.

Era preciso que eles mantivessem uma reputação como uma organização jornalística confiável para continuarem com seus anunciantes, parceiros de negócios e para não serem associados a uma doutrina abertamente partidária.

Após as derrotas de Trump e Bolsonaro, a Jovem Pan e a Fox News se esquivaram de críticas com relação ao atual governo dos países. Contudo, seus trabalhadores ainda reforçam o lado mais conservador, mesmo com todas as consequências dessa posição. Mesmo assim, começaram a perder com isso, já que a contragosto aceitaram as derrotas.

Como a “verdade” da direita brasileira e americana continuam com a história das eleições terem sido fraudadas, as emissoras deixaram de ser atraentes para essas pessoas, já que elas saíram parcialmente dessa narrativa. Ou seja, mesmo mantendo uma postura conservadora, o fato de aceitarem a derrota nas urnas, não foi bem visto pela direita de seus países.

Ravache, em sua coluna, ainda comentou sobre os rumos que a Jovem Pan e a Fox News estão levando, após colocarem a audiência em cima de notícias, sendo convenientes com mentiras. Com a ameaça de Alexandre de Moraes, com multas altíssimas, muitas “cabeças” da emissora brasileira foram demitidas. Já nos Estados Unidos, tudo ainda depende do resultado do processo, dito anteriormente.

Hoje, a força de Bolsonaro e Trump seguem intactas, mesmo com as derrotas deles. Por isso, existe uma “teoria da conspiração” de que tanto a Jovem Pan, quanto a Fox News foram caladas após o suposto fraude das duas eleições, com isso ficou mais fácil para essas pessoas “lutarem” por mudanças em frente aos quartéis.

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