Política

'Extremista dessa campanha é Bolsonaro, ele que temos que derrotar', diz Aloysio Nunes

O tucano tem poucas esperanças de ver vingar uma "terceira via" e equipara Sergio Moro a Bolsonaro - Marcelo Camargo/Agência Brasil
Ex-senador e tucano de longa data Aloysio Nunes diz que partido perdeu representatividade nacional  |   Bnews - Divulgação O tucano tem poucas esperanças de ver vingar uma "terceira via" e equipara Sergio Moro a Bolsonaro - Marcelo Camargo/Agência Brasil

Publicado em 11/02/2022, às 09h45   Redação BNews


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Importante liderança nacional do PSDB, o atual diretor da SP Negócios, Aloysio Nunes, afirmou em entrevista publicada nesta sexta-feira (11) pelo Estadão que considera a aproximação do ex-presidente Lula com outras forças de "legítima", e que o único "extremista" na corrida eleitoral é o atual presidente Jair Bolsonaro.


Ex-senador e ex-ministro da Justiça e das Relações Exteriores, o tucano veterano diz que em 2018 os políticos não perceberam o "perigo do Bolsonaro", mas que agora é preciso uma união que leve à sua derrota.


"Em 2018 não houve, da parte do Fernando Haddad, nem um gesto semelhante ao que o Lula está fazendo hoje. O impeachment estava recente e havia muitos ressentimentos. O Lula estava preso. 2018 foi uma eleição muito aberta, tanto que foi eleito um sujeito que ninguém imaginava que podia ser presidente da República. O PSDB estava desbaratado por conta da Lava Jato. O (Michel) Temer estava acuado pelo lavajatismo. O Ciro era o mesmo. Ainda é hoje e será amanhã. Não houve na época uma consciência clara do perigo do Bolsonaro. Essa movimentação do Lula hoje é absolutamente legítima. É da natureza dele. O extremista dessa campanha é o Bolsonaro, e é ele que temos que derrotar. Temos que tentar tirá-lo inclusive do segundo turno", analisou.


Segundo Aloysio, o PSDB hoje não é mais uma "referência nacional" que tinha à frente nomes como FHC, José Serra e José Alckmin, e que fazia oposição ao PT. Contudo, após o impeachment de Dilma Roussef, houve uma "radicalização" que fez o partido tradicional perder seu eleitorado.


O tucano tem poucas esperanças de ver vingar uma "terceira via" e equipara Sergio Moro a Bolsonaro. O ex-ministro diz que ex-juiz não reúne condições nem moral para ser candidato.


"Muito difícil. A única hipótese de a terceira via vingar é tirando votos do Bolsonaro. O voto do Lula está muito consolidado. Acho difícil alguém desistir para apoiar o outro. Doria e Ciro não desistem. O (Sérgio) Moro talvez", pondera.


"Moro é o bolsonarismo do B. Qual credencial ele tem para ser presidente da República? É um juiz de primeira instância, com sentenças altamente contestadas e que se valeu do seu cargo para galgar posições políticas. A plataforma dele foi para a conquista do poder. Não sabe nada do Brasil. É uma coisa fake, mas é um abrigo para o bolsonarismo desiludido", critica.

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