Política

Flávio Bolsonaro tenta alterar Lei de Cotas no Senado e tem emenda rejeitada; saiba detalhes

Pedro França / Agência Senado
Filho de Bolsonaro tentou derrubar as cotas raciais e para pessoas com deficiência em institutos e universidades federais  |   Bnews - Divulgação Pedro França / Agência Senado
Tácio Caldas

por Tácio Caldas

[email protected]

Publicado em 25/10/2023, às 11h45 - Atualizado às 11h51


FacebookTwitterWhatsApp

Durante a votação da Lei de Cotas, no Senado Federal, Flávio Bolsonaro (PL), propos uma emenda polêmica. O parlamentar extinguir as cotas raciais e para pessoas com deficiência nos intitutos e universidades federais brasileiras. O filho 01 até conseguiu apoio de 24 senadores, mas foi insuficiente para passar na votação da 'Casa Alta'.

Inscreva-se no canal do BNews no WhatsApp

Na emenda proposta pelo senador Flávio Bolsonaro, apenas os alunos de baixa renda poderiam ingressar nos cursos de graduação pelas regras de cotas. O parlamentar pediu preferência na votação, mas acabou não conseguindo ir à diante. De acordo com o senador, o pedido estava baseado na falta de acompanhamento e em uma suposta 'evasão gigantesca' de alunos das instituições de ensino.

O que chega até nós, de uma forma quase empírica, é que a evasão é gigantesca. E isso não se dá em função da cor da pele das pessoas. Se dá em função da situação socioeconômica desse estudante", destacou Flávio.

O parlamentar ainda destacou que a sua emenda buscava abarcar mais pessoas, ao invés daqueles que estavam inclusos no texto da lei. "O que se está questionando é que a gente não pode criar um apartheid para aquelas pessoas que não têm a pele negra ou não possuem uma deficiência e que, às vezes, moram na mesma favela, estudaram na mesma escola pública. Um tem a possibilidade de acesso aumentada, e o outro não. [Queremos saber] o porquê dessa distinção?", finalizou o senador.

Lei aprovada

A alteração na Lei de Cotas foi aprovada na última terça-feira (24). O texto promove uma mudança no que tange ao acesso de pessoas de baixa renda às instituições e universidades federais. Com as mudanças, ficou definido que 50% das vagas para ingresso nos cursos de graduação serão destinadas para estudantes com renda familiar igual ou menor que um salário mínimo.

Com essa alteração, a lei passa a restringir o universo de pessoas que poderiam buscar uma vaga no ensino superior. O texto original permite que pessoas com renda familiar de até R$ 1.980 podem usar a regra para conquistar uma vaga. Já com a mudança, aprovada pelo Congresso, apenas quem tiver renda igual ou inferior a R$ 1.320 terá acesso ao benefício. O texto segue para sanção presidencial.

Assista ao Radar BNews da última terça-feira (24):

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp