Política

“Fui laranja”, diz ex-candidata trans a deputada por partido conservador; saiba quem é

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Ex-candidata a deputada diz que pediu para ter nome retirado, mas foi ignorada  |   Bnews - Divulgação Foto: Divulgação

Publicado em 10/11/2022, às 07h10 - Atualizado às 07h10   Cadastrado por VD


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Partido da Mulher Brasileira: como você imagina que é a composição de uma legenda com esse nome? Mais homens ou mulheres? Bem, em Brasília, a legenda precisou apelar para a irregularidade e incluir candidaturas laranjas a fim de alcançar a cota mínima de mulheres na nominata.

Uma das "candidatas" assumiu, em entrevista ao portal Metrópoles, que foi uma laranja do PMB. Ela é de Brasília e afirmou que pediu para ter o nome retirado, mas foi ignorada.

Em todo o Brasil, 34 nomes que se candidataram para a Câmara dos Deputados não tiveram mais do que dez votos na última eleição. Entre esses nomes, houve quem concorreu a cargos legislativos que sequer tiveram os próprios votos.

O nome de Kyara Zaruty da Silva, de 34 anos, estava na lista do PMB de postulantes a deputados distritais. Ela, no entanto, teve somente seis votos. “Eu fui laranja. Eles me mantiveram só para garantir a cota”, disse em entrevista ao Metrópoles.

Kyara declarou que não recebeu recursos e desistiu porque não tinha dinheiro para bancar a campanha. O PMB é o mesmo partido da conservadora Leonídia Umbelina, que foi candidata a vice-governadora na chapa de João Roma (PL), ex-ministro do governo Bolsonaro e deputado federal que se candidatou ao governo da Bahia no último pleito.

“Se eles me tirassem, ia gerar um desfalque na nominata. Eu havia pedido [para ter o nome retirado] antes do lançamento da campanha, estava no meu prazo. Fiquei triste porque fui realmente usada pelo partido”, disparou.

Mulher trans, ela já havia se candidatado ao mesmo cargo em 2018. Os partidos são obrigados a ter um mínimo de 30% de mulheres dentro das nominatas para conseguir mandar nomes para concorrer às Assembleias Legislativas e Câmara dos Deputados. Além disso, também é necessário que enviem 30% dos recursos públicos para as candidatas.

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