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Futura Ministra de Lula, Simone Tebet foi a favor do impeachment de Dilma?

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Simone Tebet assumiu no Senado em 2015 e votou no processo do impeachment de Dilma Rousseff  |   Bnews - Divulgação Foto: Divulgação/MDB

Publicado em 28/12/2022, às 06h35   Vinícius Dias


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Nova ministra do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Simone Tebet (MDB) foi uma das senadoras que votou no processo que depôs a ex-presidenta Dilma Rousseff (PT) da cadeira da presidência em 2016. Dilma foi derrubada em um processo contestado, por conta de pedaladas fiscais - meses depois do impeachment, o artifício orçamentário passou a ser legalizado.

Tebet fará parte do primeiro escalão do Governo Lula, eleito presidente em outubro e que toma posse no próximo dia 1° de janeiro, chefiando o Ministério do Planejamento - uma das três pastas, junto à Fazenda (Fernando Haddad) e Indústria e Comércio (Geraldo Alckmin), que renasceu com o desmembramento do atual Ministério da Economia.

Terceira colocada nas eleições presidenciais deste ano, com quase 5 milhões de votos (4,16% dos válidos), Tebet foi considerada peça importante para Lula no segundo turno contra Jair Bolsonaro (PL). Contrariando parcela considerável de sua base eleitoral, a parlamentar declarou apoio ao petista e se engajou abertamente na campanha.

Em 2016, a senadora do MDB votou favoravelmente ao impeachment que cassou o mandato de Dilma, permitindo a ascensão de Michel Temer, seu colega de partido no MDB, ao poder.

Ao justificar o voto pela cassação de Dilma, Tebet afirmou que "Há um muro muito grande a separar o povo brasileiro de seu futuro, e é esse muro que venho, a partir de hoje, derrubar. É o muro da crise econômica, social e institucional, da instabilidade e da insegurança jurídica. Venho com convicção afirmar ao Brasil que voto ‘sim’ pelo juízo de admissibilidade desse processo de impeachment”.

Advogada, professora e senadora da República, Simone Tebet tem 52 anos. Ela nasceu em Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul, e é filha do ex-senador Ramez Tebet (1936-2006), que foi presidente do Senado entre 2001 e 2003.

Ela é casada com o deputado estadual Eduardo Rocha (MDB), atualmente secretário de Governo e Gestão Estratégica do estado. Eles têm duas filhas: Maria Eduarda e Maria Fernanda.

Foi a primeira mulher de seu estado a chegar ao Senado Federal. Em 2019, tentou ser candidata à presidência da Casa pelo MDB, mas perdeu a disputa interna para Renan Calheiros (AL), que acabou derrotado por Davi Alcolumbre (AP), na época no DEM (atual União Brasil).

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