Geraldo Júnior precisará conquistar militância petista para sua campanha

Se as eleições para prefeito de Salvador ocorressem neste sábado (23), o vice-governador Geraldo Júnior (MDB) não encontraria nas ruas de Salvador a militância do PT de porta em porta, de zona em zona eleitoral, pedindo votos para ele. Oficializado como pré-candidato do grupo de Jerônimo Rodrigues (PT) para a Prefeitura de Salvador, o emedebista pode não contar, como já era previsto, com o PT nas ruas para elegê-lo.

Alguns vereadores do PT em Salvador já decidiram que vão liberar as lideranças nos bairros para decidir quem vão apoiar: se Bruno Reis ou Geraldo Junior. Em uma das reuniões do Conselho Político do governador, o vereador Tiago Ferreira (PT), ardoroso defensor da candidatura de Robinson Almeida (PT), deixou claro que não fará campamha para Geraldo Júnior.

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"Hoje o sentimento da militância é de desapontamento. A gente tem chances de eleger um prefeito de esquerda, mas abriram mão disso. Difícil convencer a militância a votar em um candidato que não é de nosso campo político, ainda que seja vice-governador", comentou um petista soteropolitano.

Outra liderança petista com assento na Câmara Municipal aponta que o PT não ter um nome na cabeça de chapa não é uma mera derrota eleitoral, mas uma derrota política. Na visão dele, perder ou ganhar é do jogo eleitoral, mas renunciar a uma cabeça de chapa na capital, neste cenário, é um erro tão grave quanto ter escolhido Major Denice como candidata do PT para enfrentar Bruno Reis em 2020.

Os prognósticos para os petistas ouvidos também não é dos melhores. Querem, no cenário atual, tentar ao menos reeleger a atual bancada de quatro vereadores - sete, se forem contatos os dois do PCdoB e um do PV que compõem a federação. Os petistas ouvidos nesta sexta-feira (22) pelo BNEWS consideram ainda que escolher Geraldo Júnior é entregar a reeleição a Bruno Reis.