Política

Gilmar Mendes abre o jogo e repudia intimidação ao STF; saiba mais

Marcelo Camargo / Agência Brasil
Decano do STF, Gilmar Mendes, lembrou detalhes sobre impeachment de ministros  |   Bnews - Divulgação Marcelo Camargo / Agência Brasil
Tácio Caldas

por Tácio Caldas

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Publicado em 24/11/2023, às 08h00 - Atualizado às 08h22


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Após a aprovação do texto da Proposta de Emenda Constituicional (PEC) que limita os poderes do Supremo Tribunal Federal (STF), as reações dos ministros foi concentrada. Cada um deles se posicionou sem deixar espaço para dúvidas de que o STF está sob ataque. O decano, Gilmar Mendes, foi, inclusive, para a linha de frente da defesa do Supremo e, mais uma vez, não fugiu do embate.

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De acordo com ele, o tribunal segue atento e preparado para enfrentar todas as adversidades. "Este Supremo Tribunal Federal, sempre atento às suas responsabilidades institucionais e ao contexto que o cerca, está preparado, não tenham a menor dúvida, para enfrentar, uma vez mais, e caso necessário, às investidas desmedidas e inconstitucionais agora eventualmente provenientes do Poder Legislativo", iniciou Mendes.

O ministro ainda destacou que é preciso ter brio para agir e repudiar qualquer tipo de investidas contra o Supremo. "Senhor presidente, é preciso altivez para rechaçar esse tipo de ameaça de maneira muito clara. Esta Casa não é composta por covardes. Esta Casa não é composta por medrosos. Cumpre dizê-lo com serenidade, mas com firmeza e com o desassombro que esse tipo de investida exige de todos nós, membros destas casa multicentenária: este Supremo Tribunal Federal não admite intimidações", afirmou o jurista.

Gilmar Mendes, inclusive, lembrou sobre os pedidos de impeachment pregados pela extrema-direita brasileira. Segundo ele, qualquer investida nesse sentido não prosperará contra a ordem legal.

Não se brinca de impeachment. Isso é uma medida séria, e é preciso ser tratada por gente séria. Ainda, é desnecessário dizer que, ao realizar essa forma de controle, este tribunal certamente não estará inovando em sua atuação jurisdicional, pois foi esse mesmo proceder que, num resgate da boa política, afastou do cenário institucional a ameaça a inúmeros agentes públicos, representada por tantos falsos heróis, como aqueles que compuseram a chamada República de Curitiba", concluiu o decano Gilmar Mendes.

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