Governador cai na mira da PF, mas consegue reaver cheques suspeitos

A Polícia Federal apreendeu em ocasiões diferentes cheques ligados ao governador do Amazonas, Wilson Lima (União Brasil). A suspeita era de que os valores seriam utilizados de forma irregular na sua campanha de reeleição. Lima, no entanto, conseguiu reaver 138 desses cheques que, juntos, totalizam R$ 30.444,56. A devolução foi determinada no sábado (1º) pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do estado.

"Não se mostra razoável apreender os cheques, tendo em vista que esse fato poderá gerar prejuízo irreversível à campanha da reclamante, em especial na véspera do pleito", escreveu o juiz auxiliar Márcio André Lopes Cavalcante em sua decisão.

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Os policiais federais encontraram junto aos cheques contratos que foram descritos pelo órgão como genéricos. Nos documentos, que eram levados pelos assessores e cabos eleitorais de Lima, a União Brasil firma acordo de serviço com a empresa F. DE L. MACIEL EIRELI, que tem o nome fantasia de Grafipress. A coligação do candidato diz que a empresa iria realizar serviços de fiscalização partidária no dia do primeiro turno. O valor total do contrato era de R$ 260.815,00.

De acordo com a PF, a empresa F. DE L. MACIEL EIRELI tem como principal atividade econômica o "comércio varejista de artigos de papelaria". Entre suas atividades secundárias constam "atividades de intermediação e agenciamento de serviços e negócios em geral" e "serviços combinados de escritório e apoio administrativo".