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Governo Lula dá novo destino para Abin; saiba mais

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O presidente Lula tem sido orientado a colocar a Abin longe do alcance dos militares  |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 24/01/2023, às 12h00   Cadastrado por Bruno Guena


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O governo federal vai deslocar a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), hoje sob a gestão do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), para a Casa Civil, liderada por Rui Costa. A alteração seria conduzida pelo próprio ministro, a pedido do presidente Lula.

A modificação faz parte de uma proposta mais ampla de desmilitarização da Abin, segundo informações do blog da Andréia Sadi. A estratégia de reduzir a influência militar nas áreas relacionadas à presidência vem desde a transição, mas ganhou força após os atos terroristas ocorridos em Brasília no dia 8 de janeiro. O presidente Lula tem sido orientado a colocar a Abin longe do alcance dos militares.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) costumava dizer que queria um sistema de inteligência próprio na Abin. A análise no governo Lula é que, com Alexandre Ramagem (nomeado por Bolsonaro), a Abin se tornou uma espécie de agência particular para espionar e proteger parentes e amigos do ex-presidente, como no caso de Jair Renan. Ramagem esteve no comando da Abin entre novembro de 2019 e março de 2022.

A alteração será realizada através de medida provisória que ainda está em fase de discussão na Casa Civil.

Lula diz o que pensa sobre novo comandante do Exército

O presidente Lula (PT) disse nesta segunda-feira (23) que o novo comandante do Exército, Tomás Miguel Ribeiro Paiva, pensa exatamente como ele sobre o papel das Forças Armadas, definido pela Constituição.

"Eu escolhi o comandante do Exército [Arruda] e não foi possível dar certo", disse Lula durante viagem à Argentina.

"Eu tirei e escolhi outro comandante e tive uma boa conversa com o comandante, e ele pensa exatamente com tudo o que eu tenho falado com a questão das Forças Armadas. As Forças Armadas não servem a um político, ela não existe para servir a um político. Ela existe para garantir a soberania do nosso país, sobretudo contra possíveis inimigos externos e para garantir tranquilidade ao povo brasileiro", completou o petista.

No último sábado, o petista demitiu o general Júlio Arruda no comando do Exército e nomeou Paiva para o cargo. A mudança ocorreu em meio a uma crise de desconfiança provocada pelos atos golpistas de 8 de janeiro.

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