Governo Lula é criticado por livro "erótico" aprovado durante mandato de Bolsonaro

O Governo Lula tem sido criticado bastante, principalmente da Direita e Extrema Direita. A bola da vez é o livro "O Avesso da Pele", do escritor Jeferson Tenório, que venceu o Prêmio Jabuti de 2021.

A obra tornou-se objeto de polêmica na internet durante o fim de semana.

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Parlamentares de direita criticam o Ministério da Educação na gestão do presidente Lula (PT) por enviar o livro para escolas, com trabalho destinado ao ensino médio.

Entre os destaques do debate estão trechos com conversas de teor sexual entre os personagens, que utilizam linguagem popular para se referir aos órgãos genitais masculino e feminino.

A deputada federal Bia Kicis (PL-DF), publicou em seu perfil oficial do Instagram um vídeo feito pela deputada estadual Kelly Moraes (PL-RS) que mostra uma diretora de escola de Santa Cruz do Sul (RS) lendo trechos da obra com indignação.

“Vem, minha branquinha. Vem, meu negão. Chupa a tua branquinha. Chupa o teu nego. Adoro a tua pele branquinha. Adoro a tua pele, meu nego”, escreve Jeferson Tenório em um trecho da obra. Logo depois, ele utiliza termos obscenos para se referir às genitálias masculina e feminina.

Segundo a educadora, mais de 200 exemplares de “O Avesso da Pele” foram enviados pelo MEC para o colégio onde ela trabalha.

Resposta do Governo

De acordo com a Secretaria de Comunicação Social, o livro foi aprovado na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Em nota, o MEC afirma que “as escolas podem escolher, de forma democrática, os materiais que mais se adequam à sua realidade pedagógica”. Ou seja, o MEC só envia os livros a pedido da instituição de ensino.

A aprovação do livro de Jeferson Tenório consta na portaria 140, publicada no Diário Oficial da União de 16 de setembro de 2022. Foi assinada pelo então secretário substituto de educação básica Gilson Passos de Oliveira.