Política

Governo Lula quer bancar isenção do Minha Casa, Minha Vida

Ricardo Stuckert / PR
Para técnicos do Executivo, o impacto fiscal tende a zero  |   Bnews - Divulgação Ricardo Stuckert / PR
Daniel Serrano

por Daniel Serrano

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Publicado em 30/09/2023, às 08h12


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O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deseja utilizar o dinheiro gasto com a cobrança de inadimplentes do Minha Casa, Minha Vida para financiar a isenção nas prestações do programa para quem conta com os beneficiários do Benefício de Prestação Continuada (BPC) e do Bolsa Família

Atualmente, a inadimplência dos empreendimentos que usam recursos do Fundo de Arrendamento Residencial (FAR) é de aproximadamente 60%. Além disso, mais da metade dos contemplados pelo Minha Casa, Minha Vida são beneficiários de um dos dois programas assistenciais.

Com isso, o governo pretende deixar de gastar com a cobrança de dívidas, feita através de um contrato com a Caixa Econômica Federal de cerca de R$ 300 milhões, e investir os recursos na isenção das mensalidades. Técnicos do Executivo acreditam que o impacto fiscal da medida tende a ser zero. A expectativa de parte do governo é de ocorra uma pequena economia seja feita a partir da mudança de abordagem.

A gestão Lula publicou uma portaria na edição da última quinta (28) do Diário Oficial da União dizendo que a medida é válida apenas para quem já é beneficiário do programa habitacional. Porém, o governo quer estender a intenção de prestações aos novos contratantes que façam parte do Bolsa Família e do BPC.

O Minha Casa, Minha Vida foi criado em 2009 e extinto em 2020, quando foi substituído pelo Casa Verde e Amarela, do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O programa habitacional foi reativado no início do terceiro mandato do presidente Lula com o objetivo de ampliar o número de beneficiários e aquecer o mercado imobiliário nacional.

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