Política

Investigado, Bolsonaro volta a fazer ameaças: 'Não estiquem a corda'

Atrás do ex-presidente Lula, Bolsonaro aproveitou para atacar também o PT e sugeriu que colocar de novo o partido no poder seria retornar a um "abismo" - Carolina Antunes/PR
Bnews - Divulgação Atrás do ex-presidente Lula, Bolsonaro aproveitou para atacar também o PT e sugeriu que colocar de novo o partido no poder seria retornar a um "abismo" - Carolina Antunes/PR

Publicado em 24/02/2022, às 08h37   Redação BNews


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Em evento com investidores nesta quarta-feira (23), o presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a fazer ameaças veladas ao Supremo Tribunal Federal (STF) e Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ao dizer que "não estiquem a corda".


Recentemente, Bolsonaro tem criticado os ministros Alexandre de Moraes, Edson Fachin e Luís Roberto Barroso. Segundo o presidente, para se conseguir a "paz" é necessário ter "liberdade" e que todos tem o seu "limite".


"Precisamos de paz para ter liberdade. E devemos lutar por isso. Não vai ser o chefe do Executivo que vai jogar fora das quatro linhas. Mas, por favor, não vocês, dois ou três no Brasil, não estiquem essa corda. Vocês vão ter que vir para dentro das quatro linhas, afinal todos nós temos limites. O Ciro tem, o Paulo Guedes tem, eu tenho limites. Alguns poucos, dois ou três, acham que não têm limites", declarou.


De forma indireta, Bolsonaro citou medidas adotadas pelos ministros como impor regras para o uso das redes sociais e desmonetização de canais que veiculem notícias falsas.


Mais uma vez, o chefe do Executivo voltou a sugerir insegurança no sistema eleitoral do país.


"Ficam brincando o tempo todo de nos controlar, de desrespeitar a nossa Constituição, de ferir nossa liberdade de expressão, de prender deputado, por mais errado que ele tenha sido, em suas palavras. E manter cidadão brasileiro, que poder ter errado em suas palavras, com tornozeleira eletrônica. Em desmonetizar página na internet. Em querer botar freio na nossa liberdade de discutir eleição nas mídias sociais. Onde vamos chegar? De termos um sistema eleitoral que você pode não comprovar que não é fraudável, mas você não tem como comprovar também que não pode ser fraudado", acusou.


Atrás do ex-presidente Lula, Bolsonaro aproveitou para atacar também o PT e sugeriu que colocar de novo o partido no poder seria retornar a um "abismo".


"Para onde estamos indo nos últimos governos. Vamos aceitar novamente ficar ao lado do abismo? É uma ida sem retorno. Todos têm que ter responsabilidade. Não pensem que eu tenho apego àquela cadeira que está ali, mas tenho um compromisso. Se Deus me colocou ali, só Deu me tira de lá, mas temos que dar uma forcinha aqui também. Se tem alguém do perfil melhor, tudo bem. Agora o outro lado já conhecemos. Não apenas ao longo de oito anos, mas ao longo de 14 anos", criticou.

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