Política

Itamaraty põe em sigilo telegramas de embaixada em Israel pós-fala de Lula sobre Holocausto

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Embaixada em Tel Aviv chamou de “errôneas” as referências e detalhou as ações tomadas  |   Bnews - Divulgação Reprodução | Redes Sociais

Publicado em 24/03/2024, às 08h26 - Atualizado às 08h43   Redação BNews


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Nos dias seguintes da fala do presidente de Lula (PT), onde comparou os ataques na Faixa de Gaza com o Holocausto, o Itamaraty colocou sob sigilo nove telegramas trocados entre a embaixada brasileira em Israel e Brasília.

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A informação foi divulgada pela coluna do Lauro Jardim, do Jornal O Globo. As comunicações oficiais, feitas entre 19 e 28 de fevereiro, foram classificadas como secreta (15 anos de sigilo) ou reservadas (5 anos). 

Já nos telegramas ostensivos (sem restrição), obtidos via Lei de Acesso à Informação, a embaixada não apenas informou Brasília sobre a repercussão do discurso de Lula, como deu subsídios para rebater o chanceler Israel Katz.

O ministro publicou um vídeo de uma brasileira que sobreviveu ao ataque do Hamas em 7 de outubro no qual ela afirma que “em nenhum momento” o governo entrou em contato com familiares de vítimas.

Em contrapartida, a embaixada em Tel Aviv chamou de “errôneas” as referências e detalhou as ações tomadas, como a criação de um canal direto com parentes dos mortos e ainda descreveu contatos feitos com brasileiros.

Nos telegramas, a embaixada comunica também que, nos dias subsequentes à fala de Lula, a imprensa local e analistas condenaram a declaração do petista, mas criticaram o que chamaram de "diplomacia do TikTok" por parte de Israel.

Por fim, o documento menciona ainda que artigos e programas exibidos em horário nobre na programação televisiva local defenderam que Lula não é antissemita e já demonstrou conhecimento sobre a história do povo judeu.

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