Política

Líder do governo Lula na Câmara solta o verbo contra política de preços da Petrobras; veja o que ele disse

Marcelo Camargo/Agência Brasil
Política de preços da Petrobras vem sendo alvo de constantes críticas  |   Bnews - Divulgação Marcelo Camargo/Agência Brasil

Publicado em 02/03/2023, às 12h08   Cadastrado por Yuri Abreu


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O líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), soltou o verbo contra a política de preços da Petrobras sobre os combustíveis após a estatal registrar, na quarta-feira (1º), um lucro líquido recorde em 2022, o maior da história.

O montante atingido foi de R$ 188,328 bilhões, 76,6% maior do que os R$ 106,6 bilhões apurados no ano anterior, que também era considerado notável.

O lucro líquido foi divulgado em meio a tentativas do governo Lula de mudar as regras de distribuição de dividendos da empresa, a fim de evitar altas elevadas de preços e garantir mais investimentos em transição energética.

Nesta quinta-feira (2), antes da cerimônia de lançamento do novo Bolsa Família, no Palácio do Planalto, Guimarães foi questionado sobre o assunto e afirmou que, além da mudança na política, a Petrobras precisa "rever muita coisa", após o registro do lucro recorde.

"Para mim, a notícia exagerada do dia é o lucro monumental da Petrobras. Eu diria que é um sinal de que a gente tem que rever muita coisa lá na Petrobras. A empresa que deve ter compromisso com o país tem rever", afirmou o petista.

A atual política de preços da Petrobras estabelece que, se o preço do petróleo subir no mercado internacional, a alta deve ser repassada para os preços dos combustíveis nas refinarias da estatal no Brasil.

Esse mecanismo tem o objetivo de evitar que o preço no país fique defasado em relação ao resto do mundo, o que poderia, no limite, desestimular a importação de combustível e levar ao desabastecimento.

A queixa do congressista se soma a de outros petistas que são favoráveis, conforme o G1, a mudanças na empresa. A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, já teceu críticas às atuais regras que regem a estatal.

Além da política de preços, outro ponto questionado é o da distribuição dos lucros da estatal a seus acionistas – os chamados dividendos. As ideias, no entanto, não estão sendo bem vistas pelo mercado, porque geram dúvidas e podem afastar investidores em ações da petroleira.

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