Política

Líder do PSOL quebra silêncio sobre participação do partido em Governo Lula e pode desagradar petistas

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Líder do PSOL comentou possibilidade de alinhamento ao PT e negociações no partido  |   Bnews - Divulgação Foto: Elaine Menke/Câmara dos Deputados

Publicado em 05/12/2022, às 08h12   Cadastrado por VD


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Líder do PSOL na Câmara de Deputados e parlamentar reeleita, Sâmia Bomfim (PSOL) quebrou o silêncio sobre o eventual alinhamento de sua legenda ao governo do eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O PSOL apoiou Lula nas eleições presidenciais e negocia participação no governo.

Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, Sâmia afirmou qual opção deve prevalecer e aponta que já há maioria formada, portanto, a posição deve ser formalizada em pouco tempo.

"A gente quer ter liberdade para se posicionar como o PSOL sempre se posicionou, como a ala à esquerda no Congresso Nacional, e vocalizar pautas que a gente sabe que ninguém vai pautar", diz Sâmia em entrevista à colunista Mônica Bergamo.

"Temas relativos a direitos humanos, por exemplo, é muito comum que não sejam pautados em função de acordos feitos com fundamentalistas, com setores mais conservadores. A gente quer manter a independência para seguir pautando. Essa é a nossa vocação no Parlamento", continua.

A decisão será tomada durante reunião do Diretório Nacional do partido. A defesa pela independência deve encontrar resistência entre dois nomes proeminentes da legenda: seu presidente, Juliano Medeiros, e o deputado federal eleito Guilherme Boulos (SP), que hoje integram a equipe de transição de Lula.

No entanto, há nomes fortes do partido que não apoiam o alinhamento. Casos da deputada federal Talíria Petrone (RJ), Glauber Braga (RJ) e Fernanda Melchionna (RS) e a vereadora e deputada federal eleita Erika Hilton (SP).

A líder do PSOL na Câmara diz que o apoio dado a Lula durante a disputa eleitoral não deve ser confundido com a postura que será adotada pelo partido nos próximos quatro anos. E nega que haja uma pretensão de atrapalhar a gestão do petista ou até mesmo de se alinhar à oposição, que passará a ser integrada também por bolsonaristas na próxima legislatura.

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