Política

Lira manda recado duro ao governo Lula e cobra “acordos firmados”

Jefferson Rudy / Agência Senado
O parlamentar garantiu ainda que as atividades da Câmara não serão paralisadas por conta das eleições deste ano  |   Bnews - Divulgação Jefferson Rudy / Agência Senado
Daniel Serrano

por Daniel Serrano

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Publicado em 06/02/2024, às 09h23


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O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), aproveitou a volta aos trabalhos na Casa, ocorrido na última segunda-feira (5), para fazer cobranças ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele cobrou respeito ao que chamou de "acordos firmados" e ainda disse que o Orçamento da União "pertence a todos, não apenas ao Executivo".

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Em seu discurso, Lira disparou contra o que chamou de "burocracia técnica" e defendeu que deputados e senadores sabem quais são as necessidades de cada município para definir a distribuição de recursos.

"Assim fosse, a Constituição não determinaria a necessária participação do poder legislativo em sua confecção e aprovação. Não é e nem pode ser de autoria exclusiva do Executivo e muito menos de uma burocracia técnica, que apesar do seu preparo não foi eleita para escolher as prioridades da nação e não gasta a sola do sapato percorrendo os pequenos municípios brasileiros como nós senadores e deputados", disse Lira.

O presidente da Câmara ainda cobrou do governo federal a manutenção dos acordos firmados em 2023. "Não faltamos ao governo e esperamos respeito e compromisso com palavra dada", afirmou.

"Errará grosseiramente qualquer um que aposte numa suposta inércia desta Câmara neste ano de 2024 em razão sejam das eleições municipais, seja ainda em razão de especulações de eleições da Mesa Diretora no próximo ano. Errará ainda mais quem apostar na omissão desta Casa em razão de uma suposta disputa política entre a Câmara e o Poder Executivo", acrescentou.

Lira disse ainda que os trabalhos da Câmara serão paralisados por causa das eleições municipais ou por uma disputa pela sua sucessão.

"A boa política, como sabemos, apoia-se num pilar essencial: o respeito aos acordos firmados e o compromisso à palavra empenhada. E esse exemplo de boa política e honradez com os compromissos assumidos dados por esta Casa que marcou o ano de 2023 e permitiu que tantos avanços também será a tônica de 2024”, disse.

“É por nos mantermos fiéis à boa política e ao cumprimento de todos os ajustes que firmamos que exigimos como natural e contrapartida o respeito às decisões e o fiel cumprimento aos acordos firmados com o Parlamento. Conquistas como a desoneração e o Perse, essencial para milhões de empregos de um setor devastado pela pandemia, não podem retroceder sem uma ampla discussão com este parlamento", acrescentou.

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