Política
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), analisa a possibilidade de romper com o PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, e dá indícios de que pode não dar a presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) para a sigla. A informação é da coluna de Ricardo Noblat, do site Metrópoles.
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De acordo com a publicação, uma negociação firmada no ano passado indicava que, naquele ano, a presidência da CCJ ficaria com o PT e o PL ficaria com o Orçamento. Para 2024, a sigla do ex-presidente assumiria o comando da CCJ.
Porém, pessoas próximas a Lira indicam que ele pode não cumprir o acordo caso o PL insista no nome da deputada Caroline Toni (PL-SC), considerada uma das mais bolsonaristas da Câmara.
Por ter a maior bancada do Congresso, o PL tem o direito a indicar qual comissão quer assumir primeiro. No entanto, Lira, responsável pelas nomeações, deve se articular para que Caroline não assuma a presidência da CCJ. Isso porque o presidente da Câmara quer que o partido indique um nome menos ligado a Jair Bolsonaro e que dialogue mais com a Mesa Diretora da Casa.
Em 2024, uma das prioridades da oposição na Câmara é votar uma série de pautas que afetam diretamente a atuação do Supremo Tribunal Federal, como o fim das decisões monocráticas. Porém, Lira não quer que o assunto seja pautado e, com um bolsonarista na presidência da CCJ, a pressão para que esses temas fossem votados seria maior.
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