Política

Lula acerta detalhes para colocar Centrão no governo; saiba mais

Ricardo Stuckert / PR
Articulação está perto de uma definição, mas ainda não se sabe quem entra, quem e nem para onde vai  |   Bnews - Divulgação Ricardo Stuckert / PR

Publicado em 30/08/2023, às 08h05 - Atualizado às 08h19   Cadastrado por Tácio Caldas


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Em busca de mais votos na Câmara dos Deputados, a novela da reforma ministerial do governo Lula (PT) segue indefinida. Mesmo com tamanha indefinição e sem nenhum martelo batido, é esperado que os deputados federais, André Fufuca (PP) e Silvio Costa Filho (Republicanos) 'embarquem' no governo.

Apesar disso, este 'último capítulo' está perto de acontecer e pode ser nesta quarta-feira (30). Isso porque Lula está decidindo os últimos detalhes da sua próxima jogada no 'xadrez político'. Ele precisa decidir e bater o martelo sobre quem entra, quem sai e para onde vai, o mais rápido possível.

Essa demora na articulação expõem um resultado sobre duas questões preponderantes. A primeira é a resistência de Lula em tirar aliados de cargos importantes. A segundo está no reconhecimento de que a primeira escalação do time principal não resultou no apoio necessário no Congresso, em especial na Câmara dos Deputados.

Qual a dificuldade?

Isso está acontecendo porque a maioria do Congresso eleito na atual legislatura compõem partidos que foram base do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Vale lembrar que a coligação que elegeu Lula não tem força, afinal mal chegam a 130 dos 513 deputados federais.

Considerando que para aprovar projetos de lei complementar são precisos 257 votos e para mudanças na Constituição são no mínimo 308 votos, Lula precisa correr para mudar o cenário.

Por causa dessa conta e pelo desejo de aprovar pautas econômicas, como a reforma tributária e o arcabouço fiscal, o mais rápido possível, o governo foi obrigado a negociar. O chefe do executivo federal tem negociado com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP) e entregando cada vez mais espaços na sua gestão.

Isso porque eles sabem que o Partido Progressista e o Partido Republicanos possuem alas bolsonaristas e não entregarão, facilmente, os votos necessários. É sabido pela base do governo que, mesmo com este movimento, os votos dos partidos não serão em sua totalidade, mas caso consigam metade da bancada, as chances de aprovação das pautas são altas.

Assista ao Radar BNews da última terça-feira (30):

Classificação Indicativa: Livre

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