Política
Publicado em 30/11/2022, às 06h35 Vinícius Dias
Presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está de olho em três grandes partidos para garantir a sua governabilidade a partir de 2023 - começando pela aprovação de projetos como a PEC da Transição para garantir, entre outros pontos, o pagamento dos R$600 de Auxílio Brasil.
Parlamentares baianos são peças-chave para que o presidente eleito consiga lograr sucesso nessas negociações. Na última segunda-feira (28), dia do jogo do Brasil na Copa do Mundo, Lula esteve reunido com o MDB, único dos três partidos sem um líder baiano na Câmara. Na terça (29), esteve com lideranças do União Brasil e PSD, que têm entre os líderes, respectivamente, os deputados federais Elmar Nascimento (UB) e Antonio Brito (PSD).
Em seu Instagram, Antonio Brito publicou uma foto apertando a mão de Lula ao lado de nomes como o senador Otto Alencar, os deputados Pedro Paulo, Domingos Neto, Sidney Leite, e o governador eleito de Sergipe Fabio Mitidieri.
"Na oportunidade tratamos sobre a aprovação da PEC que dará sustentação a programas sociais como Bolsa Família e suplementação de recursos para o SUS. O PSD segue unido sob a liderança do nosso presidente Gilberto Kassab", detalhou Antonio Brito, que é filho do vereador e tributarista Edvaldo Brito (PSD).
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Ter o apoio desses partidos é chave para o governo Lula. A federação PT/PC do B/PV elegeu a segunda maior bancada da Câmara, com 79 parlamentares. Seus alvos da semana vêm logo atrás: o UB tem a terceira maior bancada, com 59 deputados eleitos; seguido de PP com 47 e o trio Republicanos, MDB e PSD com 42.
Na Câmara, os três partidos se dispõem a integrar um grande bloco reunindo mais de 300 dos 513 deputados tanto da aliança que elegeu Lula — como o PT e o PSB — quanto dos que apoiaram a reeleição de Jair Bolsonaro (PL), como o PP e até o PL.
No Senado, MDB, União Brasil e PSD vão assinar um protocolo para formação do maior bloco, com 31 parlamentares.
Para conseguir esses apoios, Lula tem que pagar contrapartidas: além de apoiar a recondução dos atuais presidentes de Câmara e Senado, Arthur Lira (PP) e Rodrigo Pacheco (PSD), respectivamente, também precisará ceder espaços dentro do governo para essas legendas. Esses espaços são discutidos internamente.
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